Soares diz que Grândola é uma canção "sempre actual"

Ex-Presidente da República apareceu pela primeira vez nesta segunda-feira desde que esteve internado.

Foto
Soares gosta da Grândola Miguel Manso

Mário Soares falava aos jornalistas à entrada da sessão que assinalou os 50 anos da morte do escritor Aquilino Ribeiro, e que decorreu no Panteão Nacional, em Lisboa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Mário Soares falava aos jornalistas à entrada da sessão que assinalou os 50 anos da morte do escritor Aquilino Ribeiro, e que decorreu no Panteão Nacional, em Lisboa.

À entrada foi questionado sobre se lhe agrada o protesto que usa Grândola, Vila Morena. “Sem dúvida. É sempre actual”, respondeu Mário Soares.

“Eu quando cheguei depois de quatro anos e meio de exílio e de expulsão do país, em França, comecei logo a ouvir a Grândola, Vila Morena, eu sou mau cantador, tenho mau ouvido, mas de qualquer maneira gostei sempre muito de também ajudar a gritar e a falar e a cantar Grândola, Vila Morena”, acrescentou.

Já sobre a manifestação marcada para o próximo 2 de Março, o ex-Presidente da República disse apenas esperar que seja "interessante". 

Recusando-se a falar sobre a sétima avaliação da troika, por considerar que o momento não era oportuno, Mário Soares desvalorizou as divisões internas no PS entre o secretário-geral António José Seguro e o actual presidente da Câmara de Lisboa, António Costa. "O facto de as pessoas discordarem ligeiramente não quer dizer nada", disse. 

Mário Soares esteve internado num hospital lisboeta entre 12 e 21 de Janeiro deste ano, depois de sentir uma indisposição.