Sindicatos da TAP concertam posições para avançar com greve

Todos os oito sindicatos vão convocar os trabalhadores para discutir a 1 de Março formas de protesto contra os cortes salariais previstos no OE.

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Segunda ronda da privatização da TAP continua sem calendário definido PÚBLICO/Arquivo

Além das assembleias gerais agendadas para 1 de Março pelos sindicatos dos tripulantes e dos pilotos, os restantes seis sindicatos da plataforma vão agendar plenários para a mesma data. O objectivo é definir medidas de protesto contra as imposições do Governo, sendo que está em cima da mesa uma greve conjunta que poderá paralisar a companhia de aviação em vésperas de se relançar um novo processo de privatização.

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Além das assembleias gerais agendadas para 1 de Março pelos sindicatos dos tripulantes e dos pilotos, os restantes seis sindicatos da plataforma vão agendar plenários para a mesma data. O objectivo é definir medidas de protesto contra as imposições do Governo, sendo que está em cima da mesa uma greve conjunta que poderá paralisar a companhia de aviação em vésperas de se relançar um novo processo de privatização.

A decisão de avançar com convocatórias para 1 de Março foi tomada nesta sexta-feira, depois de uma reunião entre os oito sindicatos da plataforma, que abrangem também os operadores de handling e os técnicos de manutenção, por exemplo.

O encontro ocorreu depois de os representantes dos trabalhadores terem estado reunidos na quinta-feira com a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro. Momento em que foram informados de que o Governo não irá recuar na aplicação dos cortes salariais.

A TAP não aplicou as reduções nos vencimentos em Janeiro, como impõe o OE para 2013, porque aguardava uma resposta do executivo a um pedido de excepção aos cortes. Um regime de que usufruiu em 2011 e 2012, mas que foi eliminado este ano. E, por isso, o Governo pretende que a transportadora aplique pela primeira vez as reduções, que variam entre 3,5% e 10%, isentando os trabalhadores que auferem menos de 1500 euros por mês.

Este conflito surge numa altura em que o Governo se prepara para relançar a privatização da TAP, que falhou no final de 2012, com a recusa da oferta feita por German Efromovich, o único candidato. Tal como o PÚBLICO noticiou recentemente, o executivo está a estudar três modelos de venda: a dispersão em bolsa de 49% ou de 51% do capital da empresa e ainda a venda de 100% da TAP a um investidor privado.