Semedo acusa Governo de fazer declaração de guerra aos portugueses

Corte de quatro mil milhões de euros nas funções sociais do Estado é “uma declaração de guerra aos portugueses e ao país”, que “terá certamente resposta”.

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João Semedo está convicto de que cortes significarão despedimentos e dificuldades de funcionamento Daniel Rocha

“O Governo insiste em esconder o que pretende fazer, em ludibriar a opinião pública, achando que assim consegue que os portugueses se resignem a ver o Governo destruir o Estado Social”, afirmou o bloquista, neste sábado, à margem do colóquio “Políticas dinamização das Micro, Pequenas e Médias Empresas”, em Lisboa.<_o3a_p>

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“O Governo insiste em esconder o que pretende fazer, em ludibriar a opinião pública, achando que assim consegue que os portugueses se resignem a ver o Governo destruir o Estado Social”, afirmou o bloquista, neste sábado, à margem do colóquio “Políticas dinamização das Micro, Pequenas e Médias Empresas”, em Lisboa.<_o3a_p>

Em declarações à agência Lusa, o coordenador do BE defendeu que o corte em quatro mil milhões de euros que o Governo pretende fazer nas funções sociais do Estado é “uma declaração de guerra aos portugueses e ao país”, que “terá certamente resposta”.<_o3a_p>

“Não aceitamos seja qual for o número de ano em que pretende levar a cabo a reforma, porque o Estado social é fundamental e um factor de crescimento da economia”, declarou, no dia em que o semanário Expresso dá conta de posições de ministros a pedirem mais tempo para o corte.<_o3a_p>

João Semedo considera que “os portugueses não vão assistir resignados a perder aquilo que foi construído durante 40 anos”, defendendo que “darão, taco a taco, resposta às medidas de violência social que o Governo tem vindo a revelar de forma escondida”.<_o3a_p>

Questionado sobre a convergência da esquerda na oposição, considerou que, “no caso do PS, é preciso que deixe de fugir da esquerda e se dedique por inteiro e de forma determinada a uma política de oposição e isto significa renunciar às políticas inscritas no memorando”. “É necessário que passe a uma oposição coerente e determinada, porque convergindo a esquerda tem mais força para combater o Governo.”<_o3a_p>

João Semedo está convicto de que “o corte de quatro mil milhões significa dezenas de milhares de trabalhadores da função pública despedidos, incluindo muito professores, mais dificuldades de funcionamento do Sistema Nacional de Saúde e da própria escola pública, uma mudança muito profunda na sociedade portuguesa”.<_o3a_p>

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, reafirmou neste sábado que o Governo espera apresentar na sétima avaliação da troika, ainda em Fevereiro, um programa de “poupanças” de quatro mil milhões de euros.<_o3a_p>