Homens que vêem muita televisão têm cerca de metade dos espermatozóides

Ver muita televisão está associado a uma quebra de 44% do número de espermatozóides. Já o exercício físico considerável pode aumentar esta contagem em 73%.

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Estar sentado a ver televisão pode piorar a produção de espermatozóides Rui Gaudêncio (arquivo)

O artigo de uma equipa da Harvard Medical School, de Boston, nos Estados Unidos, foi publicado na revista British Journal of Sports Medicine, e mostra ainda que o exercício físico moderado ou intenso aumenta a contagem dessas células. Quem faz 15 horas de exercício semanal tem 73% mais espermatozóides do que os jovens que não fazem desporto.

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O artigo de uma equipa da Harvard Medical School, de Boston, nos Estados Unidos, foi publicado na revista British Journal of Sports Medicine, e mostra ainda que o exercício físico moderado ou intenso aumenta a contagem dessas células. Quem faz 15 horas de exercício semanal tem 73% mais espermatozóides do que os jovens que não fazem desporto.

A investigação foi feita em 189 homens entre os 18 e os 22 anos que em 2009/2010 frequentavam a Universidade de Rochester, em Nova Iorque, e que deram o seu esperma para o estudo. Além disso, os jovens responderam a um questionário sobre os seus hábitos dos últimos meses como o exercício que faziam, as horas de televisão que viam ou se fumavam.

Apesar da diminuição de contagem observada, o estudo não detectou variações na qualidade do esperma. Em teoria, estes homens não terão problemas em ter filhos.

Uma das hipóteses avançadas para a redução do número dos espermatozóides é haver um aumento de temperatura corporal na região dos testículos quando os homens estão sentados a ver televisão. Sabe-se que a produção de espermatozóides necessita de uma temperatura menor do que a do corpo, por isso é que os testículos estão em bolsas externas.

“Apesar de haver resultados inconsistentes, a maioria da informação [dos estudos sobre este assunto] apoia a ideia de que a concentração dos espermatozóides tem diminuído na maioria dos países ocidentais, e as causas para este declínio continuam a ser discutidas”, escreve a equipa de Jorge Chavarro. “Uma possível explicação pode ser a contínua diminuição de actividade física e, simultaneamente, o aumento de um comportamento sedentário.”