Jerónimo: nomeação de Franquelim Alves é "um escândalo"

Comício em Faro marcado por ataque ao novo secretário de Estado e por resposta do PCP ao banqueiro Fernando Ulrich.

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Jerónimo de Sousa Raquel Esperança

“Quando se esperava, naturalmente, que fossem responsabilizados por esse crime económico, aqui está: este Governo de Passos Coelho elege, nomeia o senhor para secretário de Estado”, vincou o líder comunista, enquanto falava durante o comício Por Uma Alternativa Patriótica e de Esquerda. Um Futuro Digno para o Povo e o País, que decorreu de tarde em Faro.

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“Quando se esperava, naturalmente, que fossem responsabilizados por esse crime económico, aqui está: este Governo de Passos Coelho elege, nomeia o senhor para secretário de Estado”, vincou o líder comunista, enquanto falava durante o comício Por Uma Alternativa Patriótica e de Esquerda. Um Futuro Digno para o Povo e o País, que decorreu de tarde em Faro.

Franquelim Alves, que foi administrador no grupo Sociedade Lusa de Negócios-Banco Português de Negócios (SLN-BPN), substituiu Carlos Nuno Oliveira na Secretaria de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação.

“Para o Governo, o crime compensa. A nomeação de um personagem que foi administrador no BPN é bem o exemplo da natureza das opções ao serviço de quem está neste Governo”, sublinhou.

Jerónimo de Sousa aproveitou ainda a ocasião para reafirmar que a dívida com a troika deve ser renegociada, mesmo após o primeiro-ministro ter frisado que os credores não querem renegociar.

“Ou Passos Coelho esperará que se chegue ao momento, e ele pode chegar, que é esta situação de nós não podermos pagar?”, questionou.

Perante uma sala cheia, o líder do PCP disse também que o Governo PSD-CDS “vive da mentira”, da “publicidade enganosa” e da “criação de ilusões”, justificando as suas medidas com “falsos dilemas”.

“É uma falácia vir Passos Coelho dizer que 2014 será, finalmente, o ano de viragem do país; e que o Governo trabalha já no ‘pós-troika’, com o país a recuperar, é outra fraude”, afirmou.

Jerónimo de Sousa criticou ainda as declarações de Fernando Ulrich, administrador do BPI, quando disse que “se os sem-abrigo aguentam, os portugueses também aguentam”, acusando-o de estar de “barriga cheia”.

“Tanto faz que o país e a vida dos portugueses se afunde, desde que eles continuem a amealhar milhões! Falam de barriga cheia!”, concluiu.