Agora também há uma rede social para que os pais sigam os filhos na escola

Plataforma online é orientada em exclusivo para a educação e foi criada para permitir que os pais saibam o que fazem os seus filhos na escola.

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Actualmente, a Weduc conta com 13 mil utilizadores e tem em rede 70 escolas Enric Vivies-Rubio

A experiência, lançada há dois anos, nasceu da constatação das dificuldades que ambos sentiam, como pais, de ter uma ideia concreta do que faziam os seus filhos, contou ao PÚBLICO um dos criadores da plataforma Weduc, Pedro Barros.

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A experiência, lançada há dois anos, nasceu da constatação das dificuldades que ambos sentiam, como pais, de ter uma ideia concreta do que faziam os seus filhos, contou ao PÚBLICO um dos criadores da plataforma Weduc, Pedro Barros.

Os autores da Weduc partiram do pressuposto de que “a comunicação entre as escolas e os pais é ainda, na maior parte dos casos, ineficiente”, sendo que em muitos casos o elo de transmissão entre ambos se fica pelo aluno. O objectivo “primordial” da plataforma é o de “colmatar esta lacuna”.

“Perguntamos ao nosso filho o que fez hoje na escola e o mais certo é recebermos como resposta um ‘já não me lembro’ ou coisa parecida”, comenta Pedro Barros.

Actualmente, a Weduc conta com 13 mil utilizadores e tem em rede 70 escolas, a grande maioria do ensino particular. Este mês, a utilização da plataforma passou a ser gratuita. O objectivo, adianta Pedro Barros, é o de permitir a “massificação da sua utilização”. Para o efeito foi celebrado, em Novembro, um protocolo com a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) e lançada uma campanha que levou já os autores da Weduc a 600 escolas de todo o país.

Levar a escola a casa

O sucesso da nova plataforma, que funciona como uma rede social, depende sobretudo da adesão e da disponibilidade dos professores e das escolas em partilharem a informação sobre os alunos com os seus encarregados de educação.

“A ideia é que um encarregado de educação possa receber a escola em casa através de um simples computador”, afirma Albino Almeida, presidente da Confap.

Pedro Barros admite que este processo de partilha encontre resistências no início, mas está confiante de que os professores acabarão por ver na Weduc uma “oportunidade de valorização do seu trabalho em sala de aula”, o que potenciará a sua adesão.

Por outro lado, diz Pedro Barros, os professores também poderão utilizar a Weduc para disponibilizar conteúdos pedagógicos aos alunos de acordo “com o seu desempenho individual”; e partilhar experiências e informação entre docentes de todo o país e não só, já que no final deste semestre a plataforma ligará também escolas do Brasil.

Esta rede permitirá também que os pais deixem o papel de “espectador” a que estão remetidos, podendo passar a “interagir e comunicar com todos os professores dos filhos, bem como com os outros pais da turma”, acrescenta Pedro Barros.

Albino Almeida espera, por exemplo, que através desta plataforma os pais de uma turma possam ter uma relação mais activa com os seus representantes e permitir assim que os problemas detectados possam ser levados por estes às reuniões dos Conselhos de Turma.

 

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