PS em silêncio sobre congresso antecipado

Seguro perguntou na quarta-feira "qual é a pressa", depois dos pedidos de antecipação do congresso por parte da oposição interna. Reunião do grupo parlamentar terminou em silêncio.

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Coro de pedidos para Congresso antecipado deixou a direcção do PS em silêncio esta quinta-feira Nuno Ferreira Santos

Da habitual reunião do grupo parlamentar às quinta-feiras não saiu qualquer declaração, como é costume acontecer.

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Da habitual reunião do grupo parlamentar às quinta-feiras não saiu qualquer declaração, como é costume acontecer.

O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, perante a insistência dos jornalistas, afirmou apenas que guardava para os órgãos internos a sua posição sobre o tema que na quarta-feira incendiou as hostes socialistas: "Enquanto líder parlamentar não tenho nada a dizer, enquanto dirigente do partido pronunciar-me-ei nos órgãos próprios."

A expectativa para esta quinta-feira é perceber qual a posição que António Costa vai tomar em relação aos apelos  vindos a público na quarta-feira, para a antecipação da realização do congresso e eleições internas. Foram pedidos dos ex-ministros Pedro Silva Pereira e Vieira da Silva e do presidente da distrital de Aveiro, Pedro Nuno Santos.

O mandato do actual secretário-geral, António José Seguro, termina em Setembro deste ano. Mas alguns pesos pesados do partido defenderam a antecipação devido ao calendário eleitoral para as autárquicas e a necessidade de clarificação interna tendo em conta a possibilidade da queda do actual Governo. Seguro reagiu, questionando "qual é a pressa" para o fazer.

Desde que António José Seguro avançou para a liderança do partido que António Costa foi visto como seu opositor interno. Mesmo depois de não se ter candidatado ao cargo, papel que Francisco Assis cumpriu, dando assim a cara pela facção.