Bomba artesanal explode em centro comercial dos subúrbios de Atenas

Explosivo foi colocado junto de uma dependência do Banco Nacional da Grécia. Dois seguranças sofreram ferimentos ligeiros.

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O centro comercial foi evacuado antes da explosão Yorgos Karahalis/REUTERS

Os autores deste atentado alertaram por telefone o jornal Eleftherotypia e o site da Internet zougla.gr, e a explosão deu-se quando a polícia estava a terminar a evacuação do centro comercial. O engenho explosivo tinha sido colocado num caixote de lixo junto a uma dependência do Banco Nacional da Grécia.

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Os autores deste atentado alertaram por telefone o jornal Eleftherotypia e o site da Internet zougla.gr, e a explosão deu-se quando a polícia estava a terminar a evacuação do centro comercial. O engenho explosivo tinha sido colocado num caixote de lixo junto a uma dependência do Banco Nacional da Grécia.

Esta explosão ocorre depois de uma multiplicação de ataques contra figuras políticas e jornalistas, alegadamente levados a cabo por grupos de extrema-esquerda que querem mostrar a sua raiva contra a forma como a crise económica está a ser gerida.

George Patoulis, o presidente da Câmara de Maroussi, onde fica situado o centro comercial, disse que cerca de 200 pessoas estavam no local, quando foi dada a ordem de evacuação.

A polícia fechou a estação de metro mais próxima do local e passou o centro comercial em revista, à procura de mais explosivos. As imagens das câmaras de segurança estão a ser analisadas. As autoridades dizem que os dois seguranças sofreram cortes ligeiros, provocados por estilhaços de vidro.

“A polícia pensa que se tratou de uma bomba-relógio artesanal, mas vão ser efectuadas análises laboratoriais para determinar exactamente que tipo de explosivo foi utilizado”, disse à Reuters uma fonte policial.

Todos os principais partidos condenaram o atentado. “Estamos a lidar com um novo tipo de terrorismo, que escolhe alvos simbólicos, mas também procura provocar vítimas e sangue”, lê-se num comunicado dos socialistas do Pasok, que integram a coligação governamental.

Em comunicado, o Ministério da Segurança Pública apelou aos políticos para se unirem para pôr termo à violência. “Não basta condenar verbalmente o incidente, é necessário um absoluto isolamento da violência e do terrorismo por parte do sistema político. A mensagem é que a nossa democracia não pode ser aterrorizada”, lê-se no texto, que tinha como principal destinatário o partido de esquerda radical Syriza, acusado de apoiar tacitamente os grupos anti-sistema que são suspeitos de estarem envolvidos nestes ataques. Também em comunicado, o Syriza condenou o atentado em Maroussi.

“O ataque chocou-nos. É a primeira vez que o alvo foi uma zona comercial. Isto assusta os consumidores e prejudica o mercado, numa altura em que é necessária paz social”, disse à Reuters o presidente da Confederação de Comércio, Vassilis Korkidis.