Auto-Estradas do Atlântico pede indemnização ao Estado por introdução de Scut

Estado pode ter de compensar os desequilíbrios financeiros que a Auto-Estradas do Atlântico registou depois da entrada de portagens que ligam à A8.

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Acordo com a Euroscut, que está por alcançar, vale 27 milhões de euros Daniel Rocha

À agência Lusa, Manuel de Sousa Pereira afirma que “até Março” será pedida a constituição de um tribunal de arbitragem, ao qual a Auto-Estradas do Atlântico vai apresentar dados sobre os desequilíbrios financeiros que surgiram com a introdução de portagens nas vias que interligam com a A8. 

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À agência Lusa, Manuel de Sousa Pereira afirma que “até Março” será pedida a constituição de um tribunal de arbitragem, ao qual a Auto-Estradas do Atlântico vai apresentar dados sobre os desequilíbrios financeiros que surgiram com a introdução de portagens nas vias que interligam com a A8. 

A introdução de portagens na A29, A17 e A25, afirma Manuel de Sousa Pereira, "viciou os dados da procura" da concessão oeste. "A conjuntura económica também terá ajudado à queda, mas até início de 2010 o tráfego crescia e há uma queda a partir da data de introdução de portagens”, acrescentou.

A concessionária oeste já enviou o pedido de reposição do equilíbrio financeiro resultante da introdução de portagens nas Scut aos ministérios das Finanças e da Economia, com conhecimento do IniR, organismo público que tutela esta concessão.<_o3a_p>

Manuel de Sousa Pereira afirmou ainda que a receita em portagens na concessão oeste está 44% abaixo da média dos últimos 14 anos de contrato. Neste sentido, na Comissão Parlamentar de Inquérito às Parcerias Público-Privadas (PPP), o gestor adiantou que a previsão de retorno para os accionistas da concessão oeste vai começar, "nas melhores expectativas", com dez anos de atraso.

Manuel de Sousa Pereira disse que "os accionistas tinham fundadas expectativas de que [o investimento] começasse a ser remunerado em 2013", enquanto, "neste momento, as melhores expectativas dos accionistas são que os seus capitais próprios comecem a ser remunerados em 2023".<_o3a_p>