Sociedade Portuguesa de Autores suspende acção contra o Estado

Secretário de Estado garantiu que lei da cópia privada seguirá trâmites no Parlamento até ao final de Janeiro.

O presidente da SPA reuniu-se na sexta-feira com o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, depois de ter sido anunciada a intenção de avançar para tribunal.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O presidente da SPA reuniu-se na sexta-feira com o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, depois de ter sido anunciada a intenção de avançar para tribunal.

“O secretário de Estado entrou em contacto comigo e garantiu-me que, até ao final de Janeiro, está pronta a seguir a tramitação parlamentar a lei da cópia privada”, afirmou Jorge Letria. A SPA decidiu, por isso, aguardar até ao fim deste prazo para avançar com a acção judicial ou outra medida, acrescentou.

O responsável pela SPA espera também que, além do cumprimento daquele prazo, se efective “uma dinâmica de maior diálogo” sobre estas matérias. “Esta questão é fundamental, porque nenhuma das leis anunciadas pelo Governo neste domínio foi concretizada”, declarou.

Segundo José Jorge Letria, a questão da cópia privada está resolvida em todos os países da União Europeia, menos em Portugal, uma situação que provoca prejuízos de milhões de euros aos autores.

A SPA havia pedido à direcção da Associação para a Gestão da Cópia Privada (AGECOP) que aprovasse uma acção contra o Estado português. A SPA preside actualmente à direcção da AGECOP, criada em 1998 para reunir todas as associações que em Portugal representam autores, artistas, produtores fonográficos e videográficos e editores.