Brigitte Bardot ameaça pedir passaporte russo devido a abate de elefantes em França

A antiga actriz não aceita a decisão de um tribunal de Lyon, que decretou o abate de dois elefantes diagnosticados com tuberculose.

Foto
Bardot já foi condenada por incitamento ao ódio religioso devido à sua feroz defesa dos direitos dos animais Philippe Wojazer/Reuters

"Se os que têm poder neste país são suficientemente covardes e sem vergonha para matarem os elefantes, então decidi que vou pedir a nacionalidade russa para sair deste país, que se tem tornado em nada mais do que um cemitério para animais", lê-se num comunicado citado pela agência Reuters.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Se os que têm poder neste país são suficientemente covardes e sem vergonha para matarem os elefantes, então decidi que vou pedir a nacionalidade russa para sair deste país, que se tem tornado em nada mais do que um cemitério para animais", lê-se num comunicado citado pela agência Reuters.

A antiga estrela do cinema mundial e feroz activista em defesa dos direitos dos animais revoltou-se com a decisão judicial, que decretou o abate dos elefantes Baby e Nepal, do circo Pinder, diagnosticados com tuberculose.

Os proprietários do circo já fizeram saber que vão recorrer da sentença do tribunal para tentar salvar os elefantes, que foram diagnosticados em 2010, mas que estão há dois anos num jardim zoológico, afastados do público.

Desde que se afastou do cinema, na década de 1970, Bardot tem dedicado a vida à defesa dos direitos dos animais, protagonizando e instigando muitas acções controversas, que lhe valeram várias condenações em tribunal. Num desses casos, em 2006, a antiga actriz foi condenada por incitamento ao ódio religioso, depois de ter afirmado que a comunidade muçulmana em França "está a destruir o país com a imposição dos seus actos", referindo-se à celebração de uma das mais importantes datas religiosas muçulmanas, o Eid Al-Adha.

As festividades começam a 25 de Outubro e recordam a obediência de Abraão, que sacrificaria o seu próprio filho a pedido de Deus, mas que acabaria por ser ordenado a sacrificar apenas um carneiro.