Renato Seabra condenado a pelo menos 25 anos de prisão

Ex-modelo arrisca passar o resto da vida na cadeia pelo homicídio do cronista social Carlos Castro.

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Lucas Jackson/Reuters

Detido há mais de um ano no estabelecimento prisional de Rikers Island, em Nova Iorque, depois de ter assassinado de forma violenta o cronista, com quem mantinha um relacionamento, o jovem enfrentava uma pena de 15 anos de cadeia a prisão perpétua.

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Detido há mais de um ano no estabelecimento prisional de Rikers Island, em Nova Iorque, depois de ter assassinado de forma violenta o cronista, com quem mantinha um relacionamento, o jovem enfrentava uma pena de 15 anos de cadeia a prisão perpétua.

Um júri considerou-o recentemente culpado do homicídio, refutando assim a tese da defesa de que não estaria na posse de todas as suas faculdades quando cometeu o crime. Já a acusação tinha sustentado que foi a “raiva e a vergonha” provocadas pelo final da relação homossexual com Carlos Castro, iniciada assumidamente a troco de favores materiais, a levar ao violento crime de 7 de Janeiro de 2011.

O advogado de defesa, David Touger, anunciou recentemente que vai pedir recurso da decisão de condenação de Renato Seabra, mas não precisou quando nem com que argumentos. 

A pena a que o ex-modelo natural de Cantanhede foi condenado terá obrigatoriamente de ser cumprida numa cadeia do Estado de Nova Iorque, informou entretanto à agência Lusa fonte do gabinete de relações públicas da procuradoria daquela cidade norte-americana.

"A decisão é clara quanto a isso. A decisão do juiz refere que ele vai ter de cumprir a pena num estabelecimento prisional de Nova Iorque", afirmou fonte do gabinete, quando questionado sobre se existe a possibilidade de Renato Seabra ser extraditado.

No próximo dia 7 de Janeiro terão decorrido dois anos sobre o assassinato de Carlos Castro, que tinha levado o modelo consigo para Manhattan para passarem o Ano Novo juntos. Ficaram alojados numa suite do Hotel Intercontinental, perto de Times Square, local onde Renato Seabra agrediu Carlos Castro na cabeça com um monitor de computador. Depois mutilou-lhe os testículos com um saca-rolhas.

Segundo o seu advogado de defesa, Seabra convenceu-se que os órgãos sexuais do amante morto podiam servir de amuleto e curar vários males do mundo, como a sida, razão pela qual os enrolou nos pulsos e vagueou pelas ruas de Nova Iorque.