PS diz que Governo foi obrigado a recuar

Carlos Zorrinho elogia a decisão de suspender a privatização.

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Carlos Zorrinho diz que Governo foi obrigado a recuar Foto: Enric Vives-Rubio

 

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Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, Carlos Zorrinho sustentou que o Governo “foi obrigado a recuar na sua intenção de concluir o processo de privatização da TAP, que começou mal e nunca mais foi transparente”.

“É muito importante que o Governo tire todas as ilações sobre aquilo que aconteceu. A venda de bens públicos tem duas condições fundamentais: Deve salvaguardar os interesses estratégicos nacionais e o Governo continua a não regulamentar; estas vendas devem ser feitas não entre amigos, não em venda directa, mas em concursos internacionais transparentes e o mais abertos possíveis”, disse o líder da bancada socialista.

Carlos Zorrinho disse esperar que o executivo, “que teve um falhanço de capacidade de gestão neste processo, pelo menos tire as ilações para privatizações futuras”.

Interrogado sobre a urgência de uma injecção de capital na TAP, o presidente do Grupo Parlamentar do PS sustentou que “há formas” de esse processo financeiro se concretizar.

“Reconhecemos que a TAP é uma das empresas em que está previsto poder ser privatizada, mas a questão fundamental é a forma como isso é feito. Se houver um concurso internacional aberto, se forem salvaguardados os interesses nacionais, certamente que haverá outros e melhores candidatos”, acrescentou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.