Rio diz que o “natural” será deixar a vida política depois da Câmara do Porto

“Eu acho que já fiz na política muita coisa e posso perfeitamente ir para a vida privada normal", afirma Rio.

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Rui Rio: "banca não se pode eximir das responsabilidades que lhe cabem no descalabro financeiro" Adriano Miranda

 

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No final da cerimónia de inauguração da estátua “Amor de Perdição”, uma das iniciativas que marcou o 11.º aniversário da eleição como presidente da Câmara do Porto, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas sobre aquilo que irá fazer depois de sair da autarquia, em 2013, tendo respondido que aquilo que “é natural” será “procurar voltar à actividade profissional”.

Interrogado sobre se irá deixar a vida política, o social-democrata respondeu: “não sei exactamente se é isso que vou fazer mas acho que é isso que é o natural que venha a acontecer e é para isso que me estou a preparar”.

O economista enfatizou que “indirectamente” esteve sempre na profissão.

“A própria forma como eu fiz a gestão da Câmara do Porto tem uma componente política e tem uma componente de presidente do conselho de administração desta grande empresa. Eu não deixei nunca de exercer a profissão. O mais lógico, o mais natural, o mais óbvio é que aconteça isso”, disse.

A nível político, Rio - que termina em 2013 o terceiro mandato à frente da Câmara do Porto - sublinhou que “desde 1820 não há ninguém que tenha conseguido estar tanto tempo”, recordando ainda que esteve “10 anos do Parlamento”.

“Eu acho que já fiz na política muita coisa e posso perfeitamente ir para a vida privada normal, desde que tenha boas oportunidades, que é aquilo que desejo”, declarou.

Devido à lei da limitação dos mandatos, Rui Rio está impedido de se recandidatar à Câmara do Porto nas eleições autárquicas de 2013.

Pelo PSD, concorrerá o actual presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes e, pelo PS, o ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro.