Património em vias de classificação protegido por mais seis meses
O novo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, decidiu proteger por mais seis meses, até ao final de Junho, o património imóvel em vias de classificação.
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Mesmo com a decisão de Barreto Xavier, alguns desses imóveis ou conjuntos classificados perderão, de facto, protecção, uma vez que o governante apenas prorrogou o prazo dos processos cuja consulta pública se encontrava já a decorrer.
É o caso da Avenida da Liberdade, em Lisboa, que o ex-director-geral do Património, Elísio Summavielle, defendia estar já demasiado desvirtuada para merecer classificação, mas que vê agora esticado por mais meio ano o prazo para os especialistas tomarem uma decisão definitiva sobre o seu destino. E também do Mosteiro de Alcobaça, das gravuras rupestres de Vale de Cambra (distrito de Aveiro) e de Vieira do Minho e do núcleo principal da Faculdade de Ciências na Rua da Escola Politécnica, em Lisboa.
Já a classificação de obras emblemáticas como as gares marítimas de Alcântara e Rocha do Conde d’Óbidos, com os seus painéis de Almada Negreiros, e a Casa da Moeda, do arquitecto Jorge Segurado, deverá ser publicada em Diário da República mesmo antes do final do ano, o mesmo sucedendo com os liceus Camões, Pedro Nunes e Filipa de Lencastre, tudo imóveis igualmente situados em Lisboa. A Biblioteca Nacional de Portugal também deverá fazer parte deste lote.
Ainda a aguardar classificação ficarão também o Hotel Ritz, projectado por Pardal Monteiro, e o alto forno da Siderurgia Nacional, em Paio Pires, no Seixal.
“Esta prorrogação é justificada pelo grau de complexidade dos processos de classificação”, refere o comunicado do Conselho de Ministros da passada quinta-feira, acrescentando que muitos destes processos estão em fase de conclusão.