Mulheres já estão em maioria em todas as áreas da Justiça

Juízes, magistrados do Ministério Público, advogados ou solicitadores. Seja qual for a área, a Justiça passou a ser um mundo de mulheres.

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Paula Teixeira da Cruz: a actual ministra da Justiça é a segunda mulher a ocupar o cargo Nuno Ferreira Santos

Sejam juízes, magistrados do Ministério Público, auditores de Justiça, funcionários judiciais, advogados ou solicitadores, há mais mulheres que homens em todas as áreas analisadas.

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Sejam juízes, magistrados do Ministério Público, auditores de Justiça, funcionários judiciais, advogados ou solicitadores, há mais mulheres que homens em todas as áreas analisadas.

O documento, que traça a evolução do número de profissionais da Justiça entre 2008 e 2011, indica que neste último ano 56,9% dos juízes, 61,5% dos magistrados do Ministério Público, 72,1% dos auditores de Justiça e 62,7% dos funcionários da Justiça eram do sexo feminino.

Mais: “No período em análise e para qualquer uma das categorias consideradas, com excepção dos auditores de Justiça (que contam já com mais de 70% de efectivos do sexo feminino), o peso das mulheres cresceu de forma consistente”, lê-se no relatório. O mesmo é dizer que o efectivo feminino tem vindo a crescer a um ritmo que os homens não têm conseguido acompanhar.

No total, em 2011 estavam ao serviço da Justiça 1748 juízes, 1459 magistrados do Ministério Público, 283 auditores de Justiça e 7435 funcionários judiciais.

O relatório da DGPJ indica ainda que o número total de advogados cresceu 3,1% no período em análise, fixando-se nos 27.869 em 2011. Já o número total de advogados estagiários caiu significativamente, com um decréscimo de 40,7% nos três últimos anos (de 3665, em 2008, para 2173, em 2011) — uma redução que poderá ficar a dever-se à introdução, a partir de 2010, de um exame nacional de acesso ao estágio, declarado obrigatório pela Ordem dos Advogados. No primeiro ano da sua realização chumbaram 90% dos candidatos. 

Também entre os advogados as mulheres estão em clara maioria, representando 52% dos que já estão na profissão e 62,1% dos estagiários. E o mesmo acontece ao nível dos solicitadores, solicitadores de execução e solicitadores estagiários, em que o número de efectivos do sexo feminino é sempre superior a 50% do total.