UGT ameaça romper relações com o Governo

Se o Governo não respeitar a autonomia da Segurança Social, UGT romperá relações com o executivo.

Foto
João Proença, líder da UGT, rejeita mudanças no regime contributivo. Daniel Rocha

Esta quinta-feira o líder da estrutura, João Proença, deixou claro que cortará o diálogo com o Governo, caso a autonomia do regime contributivo seja posta em causa, recusando a utilização do Fundo de Estabilização Financeira para outros fins que não as pensões dos trabalhadores.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Esta quinta-feira o líder da estrutura, João Proença, deixou claro que cortará o diálogo com o Governo, caso a autonomia do regime contributivo seja posta em causa, recusando a utilização do Fundo de Estabilização Financeira para outros fins que não as pensões dos trabalhadores.

“Dadas as nossas responsabilidades perante os trabalhadores e perante o país, se o Governo não respeitar a autonomia do regime contributivo da Segurança Social e o quadro constitucional e legal que o rege, a UGT assumirá a ruptura das relações com o Governo”, afirmou.

O líder da UGT lembra que o regime contributivo é “totalmente” financiado pelos  trabalhadores e pelos empregadores através da taxa social única (TSU) e é tratado de forma autónoma no âmbito do Orçamento do Estado, alertando que não se pode confundir o regime financiado pelos trabalhadores com o regime que é financiado por impostos.

Porém, lamenta João Proença, “o Governo tem vindo a dar sinais claros de não querer respeitar a autonomia do regime contributivo e o papel fundamental dos parceiros sociais na sua reforma”.

Esta posição da UGT surge na sequência da entrevista de Pedro Passos Coelho à TVI, onde admitiu que não é possível cortar 4 mil milhões de euros na despesa do Estado sem atingir também as pensões.