Igreja Católica tem seis novos cardeais e nenhum deles é europeu
Novos “príncipes de Igreja” vêm dos Estados Unidos, Índia, Líbano, Nigéria, Colômbia e Filipinas. Dois têm menos de 60 anos.
Os novos cardeais, nomeados neste sábado, são provenientes dos Estados Unidos, Índia, Líbano, Nigéria, Colômbia e Filipinas. A nomeação, em Fevereiro, de 22 novos cardeais, maioritariamente europeus, tinha motivado críticas.
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Os novos cardeais, nomeados neste sábado, são provenientes dos Estados Unidos, Índia, Líbano, Nigéria, Colômbia e Filipinas. A nomeação, em Fevereiro, de 22 novos cardeais, maioritariamente europeus, tinha motivado críticas.
Os cardeais com capacidade eleitoral são agora, segundo a AFP, 62 europeus, 14 norte-americanos, 21 sul-americanos, 11 africanos e 11 asiáticos.
“A Igreja é a Igreja de todos os povos”, disse neste sábado o Papa, de nacionalidade alemã, na Basílica de São Pedro, perante os cardeais vestidos de vermelho, as suas famílias e o corpo diplomático.
Referindo-se à etimologia da palavra católico (que significa “universal”), Bento XVI notou que “a Igreja é católica porque Cristo abraçou toda a humanidade na sua missão de salvação”.
O Papa entregou em seguida o barrete – vermelho como o sangue, simbolizando a fidelidade até ao martírio – , o anel e o título de “príncipe da Igreja” aos novos cardeais.
Todos os novos cardeais têm menos de 80 anos e são, por isso, elegíveis para a chefia da Igreja. Dois têm menos de 60 anos: o indiano Baselios Cleemis Thottunkal, de 53 anos, e o filipino Luis Antonio Tagle, de 55 anos, desde há um ano arcebispo de Manila. Ortodoxo no plano doutrinal, partidário de uma maior aproximação às pessoas simples, Tagle é já considerado “papabili” – candidato a Papa.
São agora também “príncipes da Igreja” o arcebispo norte-americano James Harvey, de 63 anos, o nigeriano John Olorunfemi Onaiyekan, de 68, também referido como “papabile”, e o colombiano Ruben Salazar Gomez, de 70. O outro nomeado é o patriarca maronita libanês Bechara Rai, de 72 anos. Segundo a agência Fides, a delegação que acompanhou o novo cardeal libanês integrava um representante do Hezbollhah, Abou Zeinab, responsável do partido xiita pelas relações com os cristãos.