Benfica ainda respira na Champions, mas vai ter uma missão complicada

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Perder frente ao Celtic era proibido para o Benfica, sob pena de dizer adeus à Liga dos Campeões. A equipa de Jorge Jesus entrou em campo a saber que o Spartak Moscovo tinha sido batido em casa pelo Barcelona (0-3). Um resultado que convinha aos “encarnados”, que trataram de procurar rapidamente um golo que lhes desse tranquilidade.

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Perder frente ao Celtic era proibido para o Benfica, sob pena de dizer adeus à Liga dos Campeões. A equipa de Jorge Jesus entrou em campo a saber que o Spartak Moscovo tinha sido batido em casa pelo Barcelona (0-3). Um resultado que convinha aos “encarnados”, que trataram de procurar rapidamente um golo que lhes desse tranquilidade.

Nesse febril ímpeto inicial, a eficácia esteve do lado do Benfica. No primeiro remate enquadrado com a baliza, logo aos sete minutos (antes Cardozo tinha atirado por cima), os “encarnados” chegaram à vantagem. Arrancada de Salvio, Cardozo, a meias com um defesa, atrasou a bola para Ola John, que rematou rasteiro. O 1-0 galvanizou a equipa e os adeptos, numa primeira parte de chuva torrencial. Jorge Jesus dava ordens à equipa para não recuar no terreno e procurar ampliar o marcador. Cardozo, isolado por um grande passe de Salvio, teve o segundo golo nos pés mas disparou ao lado (30’).

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O castigo por essa oportunidade desperdiçada não se fez esperar. Na primeira ocasião em que visou a baliza de Artur, o Celtic mostrou que também sabe ser eficaz. Tal como Jorge Jesus tinha previsto na véspera, fê-lo através de um lance de bola parada. Num canto, Samaras fugiu a André Almeida e cabeceou sem oposição. Artur falhou a intercepção, tendo-se queixado de obstrução de um adversário, mas Viktor Kassai nada assinalou.

O golo dos escoceses deixou o Benfica atordoado. E durante largos minutos os “encarnados” não conseguiram esboçar uma reacção. Só já no final da primeira parte é que a equipa de Jorge Jesus voltou a dar sinal de vida, mas o remate de Ola John foi defendido por Forster.

Ao intervalo as estatísticas da UEFA mostravam superioridade do Benfica (59%-41% em posse de bola e 9-1 em remates enquadrados com a baliza), mas os “encarnados” não eram capazes de traduzi-la em vantagem no marcador.

As dificuldades persistiram no segundo tempo, apesar de um bom regresso do Benfica. O Celtic estava confortável com o empate (que valia a qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões) e mostrava-se coeso na defesa, sem que os “encarnados” conseguissem quebrar a sua resistência.

Os esforços da equipa de Jorge Jesus embatiam na defesa escocesa e só já na recta final da partida voltaram a ameaçar. Primeiro foi Salvio que, à boca da baliza, falhou por milímetros o desvio a um cruzamento de Lima (70’). O 2-1 chegou no minuto seguinte, num lance em que a bola passou pelos dois centrais: Luisão deu de cabeça para Garay, que rematou de primeira, sem hipóteses para Forster.

Artur ainda se revelou importante a segurar a vantagem (defendeu os remates de Wanyama e Commons, aos 73’), enquanto na baliza oposta Salvio acertou na trave (74’). Cardozo viu Forster negar-lhe o golo em duas ocasiões: num livre directo (80’) e depois, isolado, quando rematou forte (89’).

Mas a vitória não fugiu aos “encarnados”, que mantêm vivas as aspirações de chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Na última ronda da fase de grupos, dentro de duas semanas, o Benfica vai a Barcelona numa jornada de nervos: o empate basta, desde que no outro encontro (Celtic-Spartak Moscovo) também haja empate. Se não, a única alternativa é ganhar a Messi e companhia em Camp Nou. Uma missão (quase) impossível.

Notícia actualizada às 22h17