Organização de combate ao analfabetismo indiana ganha "Nobel" da Educação

Foto
Prémio foi entregue a Madhav Chavan pelo emir do Qatar, xeque Hamad bin Khalifa al-Thani Foto: DR

O anúncio foi feito durante a cerimónia de abertura da quarta conferência internacional WISE (World Innovation Summit for Education), que decorre até quinta-feira em Doha, no Qatar. A conferência é organizada pela Fundação Qatar, estabelecida em 1995 pela familia real do Qatar.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O anúncio foi feito durante a cerimónia de abertura da quarta conferência internacional WISE (World Innovation Summit for Education), que decorre até quinta-feira em Doha, no Qatar. A conferência é organizada pela Fundação Qatar, estabelecida em 1995 pela familia real do Qatar.

Madhav Chavan, de 58 anos, co-fundou a Prantham em 1994, no âmbito de uma parceria com a UNICEF, e hoje preside à organização. “Ouvi falar do Prémio Wise pela primeira vez no ano passado”, disse Madhav Chavan em conferência de imprensa. “Estou muito contente com o reconhecimento do meu trabalho e agrada-me o facto de o prémio contribuir para que se discuta mais os problemas da Ásia e do hemisfério Sul”.

Segundo Madhav Chavan, a Prantham actua junto de crianças a partir dos três anos de idade e de jovens em idade escolar que abandonaram os estudos sem saberem ler e escrever. O projecto comecou em Bombaim e esta agora presente em 30 cidades indianas. “O nosso trabalho e muito orgânico e próximo da comunidade”, explicou.

O Premio WISE, que vale meio milhão de dólares, mais de 395 mil euros, e vai na segunda edição, foi entregue a Madhav Chavan pelo emir do Qatar, xeque Hamad bin Khalifa al-Thani. A escolha pretence a um júri de sete pessoas, entre as quais a ministra da administração interna da África do Sul, Naledi Pandor; o director da biblioteca do congresso norte-americano, James Billington; e o deputado chinês e presidente da Universidade de Pequim Zhou Qifeng.

Um dos objectivos da conferência e do prémio é o de mudar a imagem internacional do Qatar. “Queremos que o paradigma deixe de ser apenas a economia do petróleo e do gás natural para passar a ser também uma economia do conhecimento”, disse Abdulla Bin Ali al-Thani, administrador da Fundação Qatar, durante a conferência de imprensa.