A família dos dinossauros com cornos tem um novo elemento

Há um novo donossauro com cornos. Viveu há quase 80 milhões de anos no Canadá e veio mostrar que mesmo os primeiros elementos desta família já tinham estes ornamentados.

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Reconstituição artística do Xenoceratops foremostensis Julius T. Csotonyi

Passados 65 milhões de anos desde a extinção de grande parte dos dinossauros, ainda continuamos a ser surpreendidos pelos fósseis destes animais que, em tempos, dominaram a Terra. O novo animal que acaba de ser identificado – o Xenoceratops foremostensis – não só é de uma espécie, mas de um género novos. Faz parte da família dos ceratopsídeos, os dinossauros com cornos.

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Passados 65 milhões de anos desde a extinção de grande parte dos dinossauros, ainda continuamos a ser surpreendidos pelos fósseis destes animais que, em tempos, dominaram a Terra. O novo animal que acaba de ser identificado – o Xenoceratops foremostensis – não só é de uma espécie, mas de um género novos. Faz parte da família dos ceratopsídeos, os dinossauros com cornos.

Viveu há 78 milhões de anos, sendo por isso um dos primeiros dinossauros munidos de cornos. Era herbívoro, tinha cerca de seis metros de comprimento e mais de duas toneladas. A sua descoberta pode oferecer mais informação sobre a evolução dos dinossauros com cornos, já que, até agora, os dados sobre esta família têm sido muito escassos. O ceratopsídeo mais conhecido é o Triceratops.

O artigo científico, que tem como principal autor Michael Ryan, conservador de paleontologia de vertebrados no Museu da História Natural de Cleveland, nos Estados Unidos, foi publicado na revista Canadian Journal of Earth Sciences. O dinossauro foi descrito com base em restos do crânio de pelo menos três exemplares encontrados da formação geológica de Foremost, em Alberta. Recolhidos em 1958, estes fósseis tinham ficado guardados no Museu Canadiano da Natureza, em Otava.

“Os dinossauros com cornos de grande porte da América do Norte deram um salto evolutivo há 80 milhões de anos”, explica Michael Ryan, num comunicado de imprensa. “O Xenoceratops mostra-nos que mesmo os dinossauros com cornos geologicamente mais antigos tinham espinhos maciços no escudo do crânio e que esse ornamento só se tornou mais elaborado à medida que as novas espécies foram evoluindo.”

O Xenoceratops foremostensis possuía dois longos cornos logo por cima dos olhos, um grande escudo projectado da parte de trás do crânio com dois espinhos enormes e uma boca parecida com a de um papagaio. “O registo fóssil dos primeiros ceratopsídeos continua escasso e esta descoberta mostra o quanto há ainda por conhecer sobre a origem deste grupo tão diverso”, sublinha outro dos autores do trabalho, David Evans, do Real Museu do Ontário.

Notícia corigida às 17h50 de 12 de Novembro: o dinossauro tinha seis metros de comprimento