A CRU não é uma loja, são várias

É uma loja, mas é também um lugar de co-working e de oficinas. A CRU, no Porto, é um espaço colaborativo — e "low cost"

Foto
O espaço de co-working na CRU abriu em Junho deste ano e conta com 18 postos de trabalho Pedro Biscaia

Uma loja, um lugar de divulgação de novos projectos e de actividades culturais e ainda um espaço de co-working. A CRU, aberta no Porto desde Fevereiro, é um pouco de tudo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Uma loja, um lugar de divulgação de novos projectos e de actividades culturais e ainda um espaço de co-working. A CRU, aberta no Porto desde Fevereiro, é um pouco de tudo.

A ideia surgiu em Novembro de 2011 e tinha como objectivo colmatar uma falha que os criadores — Tânia Santos, Francisco Casaca, Áurea Praga e Miguel Ferreira — identificaram na comunidade artística portuense. "Percebemos que os criadores, jovens ou não, tinham dificuldade em encontrar espaços de trabalho adequados às suas actividades criativas a preços razoáveis", explicou Tânia. 

Dentro da loja CRU há várias lojas. O espaço arrendado por cada um dos criadores pode ser personalizado da forma que este quiser, o que faz com que cada espaço seja "um micro ambiente que poderá reflectir o perfil de cada marca”. 

Foto
O espaço “pretende ser um poiso de abrigo e reflexão Pedro Biscaia

Mas é possível estar na CRU, no número 211 da Rua do Rosário, sem ter nada para vender: o espaço de co-working, aberto desde Junho, possui quatro oficinas, 18 postos de trabalho e lotação de 38 pessoas em 410 metros quadrados de espaço, que possui também uma sala de reuniões, uma oficina comum e um pátio. 

Foto
Na loja CRU há arquitectos, webdesigners, pessoas ligadas à moda, artesanato e ilustração Pedro Biscaia

“No espaço de co-work arrendamos mesas, pequenos atelieres ou micro-estúdios e ainda salas, exclusivamente para actividades criativas. Diariamente, as pessoas vêm trabalhar, almoçam por cá, socializam... Este conceito de trabalho permite que haja uma gestão optimizada de espaço e recursos que resulta em postos de trabalho "low cost", garantindo no entanto os serviços básicos e algum conforto”, declara.

Segundo Tânia, a CRU “pretende ser um poiso de abrigo e reflexão" para os criadores e ainda um espaço privilegiado para a "troca de ideias, sugestões e aconselhamento". 

Para já, entre as pessoas que ocupam o espaço há arquitectos, webdesigners, pessoas ligadas à moda, artesanato e ilustração. Mas há outras áreas que podem encontrar na CRU um espaço privilegiado, acredita Tânia: jornalismo, pintura, fotografia e audiovisuais, por exemplo. 

Em exposição no espaço há várias marcas de moda, como a como Snool., a Maritha Moreno, a Self Made e o André Gandra. Em acessórios de moda estão expostas, entre outras, as marcas Piropo, e Luciana Mottola-Coban. A ilustração é representada por Áurea Praga e Leonor Zamith, enquanto que na música estão os Clã e Birds Are Indie. Por último, na área de decoração e design de produto, estão na loja as marcas Jinja, (g) Lamps, Oupas!design, My Little Garden e Unique Poufs.

Já este sábado, dia 10 de Novembro, com as inugurações da Rua Miguel Bombarda, tem também lugar a exposição “A Farrapeira”.

A loja está aberta de segunda-feira a sábado, das 11h30 às 14h30. O co-working encontra-se aberto das 10 às 20 horas, nos mesmos dias.