Silva Peneda: quanto mais tarde renegociarmos com a troika, piores serão as condições

Foto
Silva Peneda avisa que previsões do Governo são optimistas Enric Vives-Rubio

Silva Peneda falava numa audição conjunto do CES nas comissões parlamentares de Economia e Obras Públicas, de Segurança Social e do Trabalho e de Orçamento e Finanças, que está a decorrer na Assembleia da República.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Silva Peneda falava numa audição conjunto do CES nas comissões parlamentares de Economia e Obras Públicas, de Segurança Social e do Trabalho e de Orçamento e Finanças, que está a decorrer na Assembleia da República.

O presidente do CES começou por reconhecer que tem havido alguma “polémica” sobre a forma como o órgão decidiu apreciar a proposta do Orçamento do Estado (OE) de 2013 e, nomeadamente, a conclusão de que é preciso renegociar o programa da troika, conseguindo taxas de juro mais favoráveis nos empréstimos e prazos mais alargados para a amortização desta dívida.

“É uma opinião partilhada de forma unânime [dentro do CES]”, salientou Silva Peneda. “Quanto mais tarde for aberto o processo de negociação, teremos de fazê-lo em condições piores do que se o fizermos já”, avisou.

O presidente do CES reiterou a mensagem que o órgão tinha já deixado no seu parecer sobre o OE do próximo ano: as previsões do Governo são optimistas e subestimam o impacto que o “enorme aumento de impostos” irá ter sobre a procura interna. “Temos a convicção segura de que o crescimento do PIB será menor e que taxa de desemprego será maior”, declarou.