Lagerfeld diz que Hollande é um imbecil e que odeia os ricos

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Lagerfeld contra Hollande Reuters

O alemão Karl Lagerfeld pode ser descrito como excêntrico quando diz que não vai a museus porque se incomoda com os telemóveis dos turistas e porque bebe coca-cola em copos de cristal Baccarat, mas quando o assunto é a política de investimentos e impostos franceses, o costureiro não tem meias-palavras.

Numa entrevista à revista Marie Claire espanhola, Lagerfeld teceu duras críticas às anunciadas medidas do presidente francês François Hollande que tenciona taxar em 75% os rendimentos superiores a um milhão de euros, depois de ter anunciado uma taxação de 45% a rendimentos superiores a 150 mil euros.

Lagerfeld não hesita em apelidar Hollande de imbecil e de dizer que o seu mandato “será tão desastroso como Zapatero”. “Hollande odeia os ricos”, diz o costureiro, que acredita que as políticas do presidente da república francesa afastam os investimentos estrangeiros do país. “É desastroso. Quer castigá-los e, claro, sem eles, nada mudará. Os estrangeiros não querem investir em França”.

“Para lá da moda, das jóias, dos perfumes e dos vinhos, a França não é competitiva. Os outros produtos não se vendem. Quem compra os carros franceses? Eu não”, assegura.

Os rendimentos de Lagerfeld não são públicos, e o próprio não fala de números, tendo afirmado, em 2004, que “ao lado de Bill Gates, sou pobre”. Nessa altura, quando acumulava, para além da sua própria marca, uma colecção para a cadeia de preços baixos H&M, e a direcção artística das marcas Fendi e Chanel, especulava-se uma fortuna superior a 46 milhões de euros.

Já nos anos 1960, Lagerfeld estabeleceu recordes em termos de contratos. Um antigo funcionário da casa Chloé, para a qual o costureiro começou a trabalhar em 1964, havia revelado que, por ano, o valor de contrato ascendia ao milhão de euros. Terá sido isso que levou Pierre Bergé, dono da Yves Saint-Laurent a declarar que, quando o conheceu, viu nele “um mercenário da moda”.

Lagerfeld é o editor convidado da Marie Claire espanhola que chega esta sexta-feira, 19, às bancas, celebrando os seus 25 anos.

 
 

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O alemão Karl Lagerfeld pode ser descrito como excêntrico quando diz que não vai a museus porque se incomoda com os telemóveis dos turistas e porque bebe coca-cola em copos de cristal Baccarat, mas quando o assunto é a política de investimentos e impostos franceses, o costureiro não tem meias-palavras.

Numa entrevista à revista Marie Claire espanhola, Lagerfeld teceu duras críticas às anunciadas medidas do presidente francês François Hollande que tenciona taxar em 75% os rendimentos superiores a um milhão de euros, depois de ter anunciado uma taxação de 45% a rendimentos superiores a 150 mil euros.

Lagerfeld não hesita em apelidar Hollande de imbecil e de dizer que o seu mandato “será tão desastroso como Zapatero”. “Hollande odeia os ricos”, diz o costureiro, que acredita que as políticas do presidente da república francesa afastam os investimentos estrangeiros do país. “É desastroso. Quer castigá-los e, claro, sem eles, nada mudará. Os estrangeiros não querem investir em França”.

“Para lá da moda, das jóias, dos perfumes e dos vinhos, a França não é competitiva. Os outros produtos não se vendem. Quem compra os carros franceses? Eu não”, assegura.

Os rendimentos de Lagerfeld não são públicos, e o próprio não fala de números, tendo afirmado, em 2004, que “ao lado de Bill Gates, sou pobre”. Nessa altura, quando acumulava, para além da sua própria marca, uma colecção para a cadeia de preços baixos H&M, e a direcção artística das marcas Fendi e Chanel, especulava-se uma fortuna superior a 46 milhões de euros.

Já nos anos 1960, Lagerfeld estabeleceu recordes em termos de contratos. Um antigo funcionário da casa Chloé, para a qual o costureiro começou a trabalhar em 1964, havia revelado que, por ano, o valor de contrato ascendia ao milhão de euros. Terá sido isso que levou Pierre Bergé, dono da Yves Saint-Laurent a declarar que, quando o conheceu, viu nele “um mercenário da moda”.

Lagerfeld é o editor convidado da Marie Claire espanhola que chega esta sexta-feira, 19, às bancas, celebrando os seus 25 anos.