CCP considera essencial “verdadeira reforma” para cortar despesa do Estado

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CCP, liderada por João Vieira Lopes, receia consequências da criminalização. Foto: Rui Gaudêncio

“A receita aplicada, não só é errada, na perspectiva da retoma do crescimento económico, como é ineficaz na perspectiva do próprio objectivo de correcção do défice orçamental”, diz esta entidade no relatório sobre a conjuntura económica portuguesa referente ao segundo trimestre deste ano.

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“A receita aplicada, não só é errada, na perspectiva da retoma do crescimento económico, como é ineficaz na perspectiva do próprio objectivo de correcção do défice orçamental”, diz esta entidade no relatório sobre a conjuntura económica portuguesa referente ao segundo trimestre deste ano.

Para a CCP, a “convicção” de que a recessão é o “incontornável preço a pagar” para se corrigir o défice “deixa de fazer sentido a partir do momento em que o resultado da aplicação do pacote de medidas de austeridade” apresentadas “não se traduz sequer numa diminuição do défice, como os números da execução orçamental de 2012 comprovam”.

A confederação apela ainda ao “repensar” da “própria lógica das medidas aplicadas", para se conseguir, ao mesmo tempo, "o reequilíbrio das contas públicas e o crescimento da economia”. O que “parece certo”, aponta a CCP, “é que a fixação apenas num destes objectivos não consegue solucionar qualquer deles”.

O órgão presidido por João Vieira Lopes acusa ainda o Governo de gerar uma “economia mais fragilizada, com menor valor acrescentado criado” e reitera a importância de se saber quando é que Portugal voltará a financiar-se a longo prazo nos mercados.