Ex-comandante da Autoridade Nacional de Protecção Civil vai a julgamento

Segundo o portal da PGDL, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa “pronunciou o ex-comandante da ANPC, confirmando integralmente o teor da acusação do Ministério Público contra o mesmo deduzida em Fevereiro”.

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Segundo o portal da PGDL, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa “pronunciou o ex-comandante da ANPC, confirmando integralmente o teor da acusação do Ministério Público contra o mesmo deduzida em Fevereiro”.

Gil Martins é acusado dos crimes de peculato e de falsificação de documento.

Em Fevereiro, numa nota enviada à agência Lusa, o ex-comandante reclamou estar inocente, alegando que a acusação “enferma de erros”.

De acordo com o Ministério Público, os indícios apontam para que, entre 2007 e 2009, tenham sido transferidas para a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Barcarenense verbas superiores às necessárias que ficavam afectas à ANPC e que, face à ausência de controlo assim obtida, eram utilizadas em proveito pessoal e de outros.

O arguido foi suspenso do exercício de funções públicas ou em entidades que impliquem a gestão discricionária de dinheiros públicos, tendo sido deduzido um pedido de indemnização civil de cerca de 116.000 euros.

O PÚBLICO noticiou que Gil Martins foi contratado pela Gebalis, empresa municipal que gere os bairros sociais de Lisboa, para dar, nomeadamente, formação na prevenção de fogos.

Em declarações ao diário, o presidente da Gebalis, Luís Natal Marques, afirmou ter feito “um excelente ato de gestão”, dado o “currículo inexcedível” do ex-comandante da Protecção Civil.