PCP alerta para “manobras” do Governo
Jaime Toga, membro da Comissão Política do PCP, afirmou que, “o que se exige, não são apelos ao prosseguimento de um programa de ingerência externa, que está a conduzir a vida dos portugueses e do país para o desastre, mas sim a rejeição do pacto de agressão em nome do qual o Governo encontra justificação para intensificar a exploração, as injustiças e o empobrecimento”.
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Jaime Toga, membro da Comissão Política do PCP, afirmou que, “o que se exige, não são apelos ao prosseguimento de um programa de ingerência externa, que está a conduzir a vida dos portugueses e do país para o desastre, mas sim a rejeição do pacto de agressão em nome do qual o Governo encontra justificação para intensificar a exploração, as injustiças e o empobrecimento”.
O político alertou para “as manobras que o Governo tem em curso, e às quais o Conselho de Estado deu o seu aval, para com eventuais retoques ou `modulações´ na TSU [Taxa Social Única], manter o objectivo de assalto aos salários e rendimentos dos trabalhadores e dos reformados, e o escandaloso e consequente rumo de declínio e retrocesso”.
Para o PCP, o que “inquieta verdadeiramente” os portugueses, não é a “agitada crise política”, mas “a crise social em que as suas vidas mergulharam”.
Para o comunista, a situação exige “a derrota definitiva” do Governo e uma “ruptura com a política de direita, a rejeição inadiável do pacto de agressão, e a assunção de uma postura patriótica não subordinada aos interesses do grande capital nacional e transnacional, da União Europeia e de potências como a Alemanha”.
“A esta violenta ofensiva, deverá corresponder a intensificação e multiplicação da resistência e da luta, a transformação do protesto, da revolta e da indignação, em luta organizada”, defendeu.
O Governo informou o Conselho de Estado de que está disponível para, no quadro da concertação social, “estudar alternativas” à alteração da TSU. A reunião do órgão político de consulta do Presidente da República foi anunciada na passada sexta-feira, uma semana depois de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter anunciado novas medidas de austeridade para 2013, na sequência da quinta avaliação da troika ao Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal.