A sexta versão do iPhone vem aí e continua a gerar expectativa

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A Apple mantém o mesmo tamanho de ecrã desde o primeiro modelo Shannon Stapleton/Reuters

O anúncio surge numa altura em que as vendas do iPhone abrandaram e estão a crescer menos do que o resto do sector, um fenómeno que acontece porque os consumidores estão precisamente à espera do novo modelo e porque o alargamento deste mercado também tem sido conseguido graças aos modelos mais baratos com que a Apple não compete.

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O anúncio surge numa altura em que as vendas do iPhone abrandaram e estão a crescer menos do que o resto do sector, um fenómeno que acontece porque os consumidores estão precisamente à espera do novo modelo e porque o alargamento deste mercado também tem sido conseguido graças aos modelos mais baratos com que a Apple não compete.

Segundo números da analista IDC, a Apple foi responsável por 16,9% de todos os smartphones enviados para o retalho ao longo do segundo trimestre deste ano, um valor que é uma quebra face aos 23,1% do trimestre anterior e aos 18,1% do segundo trimestre de 2011. Esta quota de mercado perdida foi sobretudo conquistada pela profusão de dispositivos Android, que se dirigem a vários segmentos e cujos preços que começam nas poucas dezenas de euros. Já o crescimento do Windows Phone, da Microsoft, é residual.

A apresentação da Apple tem sido antecedida pela habitual abundância de rumores, mas não há informações oficiais. Uma das dúvidas é saber se a empresa vai manter o tamanho do ecrã nas 3,5 polegadas que tem usado desde sempre ou se acompanha a tendência do mercado, onde surgiram telemóveis de ecrãs significativamente maiores. A Samsung, líder no sector e a grande rival, é uma das marcas que tem apostado em telemóveis com ecrãs muito maiores do que o iPhone, como é o caso do best-seller Samsung Galaxy III, que tem um ecrã de 4,8 polegadas.

Com a chegada de um novo iPhone, e se a Apple mantiver o que fez nos anos anteriores, alguns modelos antigos continuarão à venda, a um preço mais reduzido. Esta estratégia tem permitido à empresa trabalhar apenas num smartphone por ano, mas acabar por ter aparelhos para diferentes patamares de preços e chegar a consumidores que não estão dispostos a pagar pelo topo de gama.

O evento da Apple, que poderá também trazer outras novidades para lá do iPhone, acontece poucos dias após a Nokia ter mostrado as mais recentes apostas: os modelos Lumia 820 e 920, já equipados com Windows Phone 8, a mais recente versão deste sistema operativo. O anúncio (em que a Nokia não anunciou preços, nem datas) foi marcado por críticas surgidas depois de se tornar público que a empresa mostrou durante a apresentação imagens supostamente gravadas com a câmara do Lumia 920, mas que afinal tinham sido captadas com outro equipamento.