Governo garante fim dos perdões fiscais a património no estrangeiro não declarado
A questão foi suscitada pelo deputado socialista Pedro Nuno Santos, durante a audição do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
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A questão foi suscitada pelo deputado socialista Pedro Nuno Santos, durante a audição do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
“Queria perguntar-lhe se, uma vez que nos já tivemos em 2005 e 2010, como logo no primeiro orçamento tivemos um RERT, e se isso será um recurso sistemático do Governo e se isso não poderá representar uma forma de legitimação da fraude fiscal”, questionou o socialista.
Paulo Núncio respondeu de forma curta e seca, garantindo que estes regimes não voltarão a acontecer.
“Respondendo directamente à sua pergunta, não será criado nenhum outro processo de regularização”, garantiu o governante.
O RERT é um regime excepcional aplicável a património não localizado em Portugal numa certa data e que não foi declarado ao fisco, e que permitia aos seus detentores o pagamento de uma taxa única para repatriar esse património no estrangeiro.