Descoberto um peixe que tem o pénis na cabeça

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O órgão copulatório parece um canivete suíço pela quantidade de funções que desempenha Tran Xuan Loi/AFP

Agora revelaram imagens que mostram um peixe com cerca de 2,5 centímetros de comprimento, alongado e translúcido. Apesar de não ser único, é curioso devido à localização do órgão sexual. "Este peixe é a 22.ª espécie de uma família em que todos os machos têm o pénis na cabeça", explicou ao PÚBLICO Koichi Shibukawa (da Fundação Nagao para o Ambiente Natural), um dos autores do artigo na revista Zootaxa, que em Julho revelou este peixe ao mundo. Chamaram-lhe Phallostethus cuulong, o que remete para o local onde foi encontrado: Cuu Long é o nome vietnamita para o delta de Mekong.

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Agora revelaram imagens que mostram um peixe com cerca de 2,5 centímetros de comprimento, alongado e translúcido. Apesar de não ser único, é curioso devido à localização do órgão sexual. "Este peixe é a 22.ª espécie de uma família em que todos os machos têm o pénis na cabeça", explicou ao PÚBLICO Koichi Shibukawa (da Fundação Nagao para o Ambiente Natural), um dos autores do artigo na revista Zootaxa, que em Julho revelou este peixe ao mundo. Chamaram-lhe Phallostethus cuulong, o que remete para o local onde foi encontrado: Cuu Long é o nome vietnamita para o delta de Mekong.

O priápio, nome dado ao órgão copulatório em homenagem a Príapo, o deus grego da fertilidade, parece um canivete suíço pela quantidade de funções que desempenha. Além do orifício genital, tem uma bolsa semelhante aos testículos, o ânus e ainda umas "serras" que servem para prender a fêmea durante o acto sexual.

Ainda não foi possível observar o acasalamento destes peixes, mas os cientistas pensam que adoptam uma posição de cópula invulgar: ambos juntam as cabeças, porque o órgão genital feminino também fica aí.

Ao contrário do que é comum nos peixes, em que é a fêmea liberta os ovos e espera que sejam fecundados pelos espermatozóides também largados, a fecundação no Phallostethus cuulong é interna, para garantir que não se desperdiça esperma.

Foi em 2009 que os cientistas viram pela primeira vez um peixe destes e, desde essa altura, já apanharam nove exemplares, que só este ano foram descritos.