O Barça de Iniesta derrota o Real de Mourinho

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O médio espanhol comandou o Barcelona e coroou a sua exibição com um penálti sofrido e um passe para o terceiro golo, num jogo de sentimentos muito contraditórios para a equipa de Mourinho: começou a ganhar, teve o troféu quase perdido, mas conseguiu deixar tudo em aberto para a segunda mão, na próxima quarta-feira em Madrid, graças a um erro monumental do guarda-redes do Barcelona.

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O médio espanhol comandou o Barcelona e coroou a sua exibição com um penálti sofrido e um passe para o terceiro golo, num jogo de sentimentos muito contraditórios para a equipa de Mourinho: começou a ganhar, teve o troféu quase perdido, mas conseguiu deixar tudo em aberto para a segunda mão, na próxima quarta-feira em Madrid, graças a um erro monumental do guarda-redes do Barcelona.

Tito Vilanova e José Mourinho começaram por surpreender com a constituição das equipas. O técnico do Barça deixou Puyol e Jordi Alba no banco, lançando Adriano e Mascherano na equipa titular, enquanto Mourinho preferiu Callejón a Di María e Benzema a Higuaín.

O jogo começou como era esperado. O Barcelona com mais posse de bola e o Real Madrid muito pressionante, à espreita do contra-ataque.

A consequência foi uma primeira parte com poucas oportunidades. As excepções foram dois remates de Messi ao lado (19’ e 29’) e um remate de Pedro defendido por Casillas (32’), o único enquadrado com a baliza.

O Real Madrid, que fez apenas um remate em 45 minutos (e foi interceptado), acabou por marcar na primeira oportunidade de que dispôs.

Ronaldo aparece

Após um canto de Özil, Cristiano Ronaldo marcou de cabeça (55’) e repetiu o gesto da época passada, quando pediu “calma” aos adeptos do Barcelona.

Este foi o quarto golo consecutivo do português em clássicos em Camp Nou.

A vantagem da equipa de Mourinho, no entanto, só durou dois minutos. Após um passe de Mascherano, Pedro Rodríguez apareceu nas costas de Coentrão e restabeleceu o empate - ficaram dúvidas sobre a legalidade da posição de Pedrito neste lance.

O golo moralizou o Barcelona, que completou a reviravolta com uma grande penalidade de Messi (70'), após falta de Sérgio Ramos sobre Iniesta.

O argentino marcou o 14.º golo da sua carreira ao Real Madrid, igualando César como o melhor marcador dos catalães em clássicos. Este penálti colocou também fim a uma série de quatro jogos em que Messi não marcou ao Real.

Nos últimos minutos, o Barcelona colocou-se próximo de vencer a Supertaça, graças ao terceiro golo, apontado por Xavi depois de mais um belo passe de Iniesta. O genial médio ainda ofereceu o quarto a Messi, mas o argentino permitiu a defesa a Casillas.

E quando o Barcelona mandava no jogo, o Real Madrid reduziu para 3-2, reabrindo a luta pelo troféu, num lance em que Di María aproveitou um monumental erro de Victor Valdés.

Após um atraso de Adriano, o guarda-redes do Barça recebeu mal a bola e permitiu que Di María lhe tirasse o esférico (85'). Um golo que deixa a Supertaça completamente em aberto para a segunda mão, quarta-feira no Santiago Bernabéu (21h30).

Ficha de jogo

Barcelona, 3Real Madrid, 2

Jogo em Camp Nou, em Barcelona.

Barcelona

Valdés; Alves, Piqué, Mascherano, Adriano; Busquets, Xavi (Fabregas, 83’), Iniesta; Pedro (Jordi Alba, 87’, Alexis Sánchez (Tello, 72’), Messi. Treinador: Tito Vilanova.

Real Madrid

Casillas; Arbeloa, Ramos, Albiol, Coentrão; Xabi Alonso, Khedira, Özil (Marcelo 82’); Callejón (Di María, 66’), Cristiano Ronaldo, Benzema (Higuaín, 61’). Treinador: José Mourinho.

Árbitro

Clos Gómez

Amarelo

Xabi Alonso (10’), Arbeloa (44’), Mascherano (44’), Albiol (51’).

Golos

0-1, por Cristiano Ronaldo, aos 55’


1-1, por Pedro Rodríguez, aos 57’


2-1, por Messi, aos 70’ (g.p.)


3-1, por Xavi, aos 78’


3-2, por Di María, aos 85’