Catarina Martins diz-se preparada para assumir liderança do Bloco

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O “sucesso de Martins mandou arrepios a todo o establishment da Europa”, refere a revista americano. DR

Catarina Martins, que foi sugerida por Francisco Louçã para partilhar uma liderança bicéfala com João Semedo, entende que este modelo “tem reunido algum consenso dentro do BE", apesar das críticas de que tem sido alvo.

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Catarina Martins, que foi sugerida por Francisco Louçã para partilhar uma liderança bicéfala com João Semedo, entende que este modelo “tem reunido algum consenso dentro do BE", apesar das críticas de que tem sido alvo.

Recorde-se que ontem, na SIC Notícias, Ana Drago havia dito que que achava que “o modelo de um coordenador tem funcionado bem”. A bloquista referiu ainda que “manifestar preferências” não beneficia o Bloco de Esquerda.

Por seu lado, Catarina Martins desvalorizou as declarações de Ana Drago aludindo à “natureza plural” do partido, onde todos podem “falar com grande liberdade”. Contudo não deixou de exprimir a crença na unidade do partido.

“O BE é um partido plural, sempre foi, habituaram-se com certeza ao longo do tempo a ouvir tantas posições divergentes no BE e também o BE a agir sempre com uma grande unidade, sempre que foi necessário”, referiu.

A deputada deixou ainda claro que está disponível para assumir a coordenação do BE "nos moldes que os militantes entenderem e se o entenderem". A bloquista elogiou ainda João Semedo dizendo que é “imprescindível ao BE numa próxima direção".

“É um militante muito experiente, que reúne um grande consenso e uma grande confiança de todo o partido e portanto julgo que é imprescindível numa nova direção do BE", assegurou Catarina Martins.

Contudo, relegou para o “debate interno do Bloco” novos desenvolvimentos no que toca às modificações no partido, especialmente a problemática da eventual substituição de Luís Fazenda por Pedro Filipe Soares na liderança da bancada parlamentar.

Em conferência de imprensa, Catarina Martins aproveitou ainda para criticar o Governo relativamente às negociações das Parcerias Público Privadas.

A bloquista exige que o Governo “corte o que prometeu” na renegociação dos contratos. O executivo havia estimado uma redução de cerca de 4 mil milhões de euros nas PPP´s, mas só conseguiu poupar mil milhões.