Troika espera que CGD venda área da saúde ainda este mês

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O banco público é dono do grupo HPP Saúde Foto: António Borges

O Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia (CE) e o Banco Central Europeu (BCE), denominados como troika, publicaram na terça-feira os relatórios da quarta revisão do memorando de entendimento.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia (CE) e o Banco Central Europeu (BCE), denominados como troika, publicaram na terça-feira os relatórios da quarta revisão do memorando de entendimento.

O FMI afirma, no seu documento, que “a alienação do negócio de saúde está prevista para ser concluída em Julho de 2012”, o que significa que o banco público tem duas semanas para decidir a venda da sua área de negócios da saúde. Já a venda da área de seguros deve acontecer “antes do final de 2012”, acrescenta.

As alienações dos negócios da saúde e dos seguros vão “contribuir para atingir as necessidades adicionais de capital” que a CGD tem de apresentar aos reguladores até Dezembro, disse ainda a Comissão Europeia.

Na saúde, segundo o portal da CGD na Internet, o banco público é dono do grupo HPP Saúde, com cinco hospitais em todo o país (Hospital da Boavista, Hospital da Misericórdia de Sangalhos, Hospital dos Lusíadas, Hospital de Santa Maria de Faro e Hospital São Gonçalo de Lagos). Além disso, gere ainda o Hospital de Cascais em regime de parceria público-privada.

Entre os candidatos à compra do negócio hospitalar do grupo CGD estarão, segundo a imprensa, operadores que já estão neste mercado como a Espírito Santo Saúde, mas também a angolana Sonangol.

Nos seguros, a CGD detém várias marcas, com destaque para Fidelidade Mundial, Império Bonança ou Multicare, pelo que a sua venda terá profundas implicações no sector segurador português.