“Alguns bancos” têm que deixar de manipular os mercados, avisa Barroso

Foto
Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia

“Alguns dos principais bancos do mundo continuam a conhecer práticas de manipulação de mercado, o que é muito grave. Isto mostra que no sector financeiro ainda nem todos aprenderam as lições da crise que passámos”, disse Durão Barroso, à margem de uma conferência de imprensa no Parlamento Europeu.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Alguns dos principais bancos do mundo continuam a conhecer práticas de manipulação de mercado, o que é muito grave. Isto mostra que no sector financeiro ainda nem todos aprenderam as lições da crise que passámos”, disse Durão Barroso, à margem de uma conferência de imprensa no Parlamento Europeu.

“É a razão pela qual é necessário continuar com os nossos esforços de regulação e de supervisão adequada do sector financeiro”, sublinhou o líder do executivo comunitário.

Durão Barroso salientou também ser “muito importante termos bancos que funcionem bem para as nossas economias, mas a verdade é que alguns ainda não aprenderam a lição que já deveriam ter aprendido”.

O banco britânico Barclays anunciou hoje a demissão, com efeitos imediatos, do seu presidente executivo Bob Diamond depois de a instituição bancária ter sido multada por manipulação das taxas de empréstimos interbancários.

Esta situação ocorre um dia depois de o presidente do conselho de administração do Barclays Marcus Agius ter também apresentado a demissão.

Um inquérito parlamentar às actividades dos bancos britânicos foi, entretanto, anunciado pelo primeiro-ministro britânico no parlamento.

Em causa está a descoberta de que o banco terá, entre 2005 e 2009, manipulado as taxas de juro Libor e Euribor, usadas como referência nos empréstimos interbancários e outras operações financeiras, ao reportar valores mais baixos do que aqueles pagavam.