O espectáculo total de Madonna em Coimbra

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Começou solene, em clima religioso, quase gótico, o concerto de Madonna, com as suas primeiras palavras a serem “oh! My god, oh! My god”, antes de se lançar na interpretação de “Girl! Gone wild”. Vestida de preto e rodeada do corpo de bailarinos, colocou de imediato a multidão em delírio, para um espectáculo imponente de luz, som e coreografias cuidadosamente encenadas. De seguida veio “Revolver”, com Madonna, dominadora, de pistola em punho, descendo até ao estrado que rodeia a parcela reduzida de público que está próximo dela.

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Começou solene, em clima religioso, quase gótico, o concerto de Madonna, com as suas primeiras palavras a serem “oh! My god, oh! My god”, antes de se lançar na interpretação de “Girl! Gone wild”. Vestida de preto e rodeada do corpo de bailarinos, colocou de imediato a multidão em delírio, para um espectáculo imponente de luz, som e coreografias cuidadosamente encenadas. De seguida veio “Revolver”, com Madonna, dominadora, de pistola em punho, descendo até ao estrado que rodeia a parcela reduzida de público que está próximo dela.

Como numa peça de teatro o próximo quadro passa-se num quarto de hotel, com Madonna a cantar “Gang bang” por entre alusões religiosas, eróticas, assassínios e muito sangue à mistura, enquanto a música dançante e imponente se impõe. É uma Madonna muito mais teatral, pelo menos na primeira meia hora, aquela que se apresenta em Coimbra, em comparação com o concerto de Lisboa há dois anos, com canções como “Papa don’t preach” ou “Hung up” a serem entrecortadas para respeitarem os momentos cénicos muito elaborados.

Mas essa foi apenas a primeira fase de um concerto de duas horas que, inevitavelmente, será marcado por temperaturas muito diferentes, revisitando os sucessos de sempre, mas também canções do mais recente álbum “MDNA”.

A organização esperava cerca de 40 mil pessoas, mas é possível que estejam um pouco menos, com as bancadas não totalmente cheias, nem a totalidade da zona térrea. O preço dos bilhetes, a oferta de espectáculos ou festivais de música nesta altura do ano ou o menor impacto da cantora hoje poderão ajudar a explicar o sucedido. Ao final da tarde, pelas 19h, a circulação de pessoas fazia-se sem dificuldade, longe do sucedido no mesmo local quando ali actuaram os U2.

Pelas 20h o DJ e produtor francês Martin Solveig – que produz algumas das faixas do último disco da cantora – entrou em acção, com uma selecção de impacto dançante, passando música house para grandes massas ao mesmo tempo que ia incentivando a assistência, puxando pelo nome da americana. O público, esse, foi fazendo a festa como acontece sempre nestas ocasiões, criando a famosa onda gigante futebolística nas bancadas e saltando ao som da música.

Talvez porque a Madonna do ano 2012 seja menos personalizada, as admiradoras mais empenhadas que se viam tentavam replicar a cantora ainda da era MTV, com t-shirts a aludirem ao antigo sucesso “Like a virgin”, por exemplo. Mas essencialmente aquilo que se vislumbrava era um público diverso, das mais diferentes idades, o que acaba por não espantar, ou não estivéssemos a falar de um concerto de uma cantora de 53 anos que já atravessou diversas gerações de espectadores desde que irrompeu nos anos 80.