Evo Morales acusa economia verde de ser “nova forma de colonialismo dos ricos”

Foto
Evo Morales pediu a África para não privatizar os seus recursos naturais Ueslei Marcelino/Reuters

“Os países do Norte enriquecem entregando-se a uma orgia devastadora e obrigam os países do Sul a serem os seus pobres guardas florestais”, disse Evo Morales numa sessão plenária da conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Os países do Norte enriquecem entregando-se a uma orgia devastadora e obrigam os países do Sul a serem os seus pobres guardas florestais”, disse Evo Morales numa sessão plenária da conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável.

“Eles querem impor-nos os mecanismos de intervenção para orientar e julgar as nossas políticas nacionais (...), sob pretextos ambientais”, acrescentou, condenando um conceito promovido pelas Nações Unidas.

Morales dirigiu-se a África, pedindo que não privatize os seus recursos naturais. “Aos países africanos, eu digo, recuperem e nacionalizem os vossos recursos naturais. Eles pertencem aos povos; não podem ser negociados a nível internacional.”

Para Evo Morales, o capitalismo verde “transforma cada árvore, cada planta, cada gota de água e cada ser da natureza numa mercadoria”.