BRICS querem mais poder de voto para aumentar as contribuições para o FMI

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Dilma Rousseff, Vladimir Putin, Manmohan Singh, Hu Jintao e Jacob Zuma, num encontro dos BRICS, em Los Cabos Foto: Victor Ruiz Garcia/Reuters

Os dirigentes dos cinco países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) publicaram um comunicado no primeiro dia da cimeira em Los Cabos, no México, embora sem precisar o montante desse reforço de fundos e indicando condições, uma das quais passa pelo aumento dos direitos de voto dos países emergentes na instituição.

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Os dirigentes dos cinco países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) publicaram um comunicado no primeiro dia da cimeira em Los Cabos, no México, embora sem precisar o montante desse reforço de fundos e indicando condições, uma das quais passa pelo aumento dos direitos de voto dos países emergentes na instituição.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, os presidentes da China, Hu Jintao, da Rússia, Vladimir Putin, da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, sublinham que os países decidiram financiar o FMI prevendo que as reformas acordadas em 2010 sobre os direitos de voto dos países emergentes na instituição seriam “postas em prática” entretanto.

O FMI votou no final de 2010 uma reforma com o objectivo de permitir aos países em forte crescimento um raio de acção maior e de acordo com o peso das suas economias, mas as alterações aguardam ainda a ratificação nos parlamentos nacionais, fazendo atrasar o processo em relação ao objectivo oficial.

Cameron pede reforço do papel do BCE

Antes de começar a reunião de líderes desta segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu que os bancos centrais mundiais não podem continuar à margem da resolução da crise.


Pedindo que o Banco Central Europeu assuma “um papel mais importante” na moeda única, da qual o Reino Unido não faz parte, Cameron defendeu que a zona euro tem duas escolhas a fazer, entre “baixar os salários e os preços na periferia”, para tornar as economias mais frágeis mais competitivas, ou fazer com que a zona euro apoie de forma mais alargada os países em dificuldades.

Numa versão preliminar de um comunicado que deverá ser emitido pelos líderes dos países do G20, a que a Reuters teve o grupo das maiores economias mundiais pedem que a Europa tome “todas as medidas necessárias” para resolver a crise.