BCP prevê começar a reembolsar empréstimo público em 2014

Foto
O BCP, liderado por Nuno Amado (ao centro), prevê que o reembolso seja feito em três fases Foto: Pedro Cunha

O banco divulgou nesta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários uma síntese do plano de recapitalização que vai ser votado na assembleia geral de accionistas de 25 de Junho.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O banco divulgou nesta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários uma síntese do plano de recapitalização que vai ser votado na assembleia geral de accionistas de 25 de Junho.

Os termos finais do programa de capitalização da banca nacional, que permite às instituições financeiras recorrerem à linha pública de 12 mil milhões de euros acordada no quadro do Memorando de Entendimento, dão margem ao BCP para o reembolso do empréstimo ser feito até 2017.

O banco presidido por Nuno Amado prevê, no entanto, que os três mil milhões de euros subscritos pelo Estado para a recapitalização do BCP, através de obrigações convertíveis, sejam reembolsados em três fases até ao final de 2016.

Quinhentos milhões de euros deverão ser repostos pelo BCP em 2014, mil milhões no ano seguinte e os restantes 1500 milhões em 2016.

O reembolso vai ser feito através da eliminação de dívida soberana e geração de resultados.

O pacote de 78 mil milhões de euros do empréstimo a Portugal, acordado com a União Europeia e o FMI, incluiu 12 mil milhões de euros destinados ao sector financeiro, para os bancos privados cumprirem as exigências europeias de solvabilidade (um rácio Core Tier 1 de 10% em 2012 e, segundo os critérios da Autoridade Bancária Europeia, de 9% no final de Junho deste ano).

As necessidades de capital do BCP ascendem a 3,5 mil milhões, dos quais 500 milhões serão conseguidos através de um aumento de capital efectivo em acções. Se os privados não subscreverem a operação, o Estado entrará no banco, pagando quatro cêntimos por título (na última semana, as acções do BCP caíram 16% e valiam no fecho de sexta-feira 0,084 euros).