Porta do Paraíso exposta em Florença após 27 anos de restauro

Foto
Obra prima do Renascimento, obra de Lorenzo Ghiberti foi feita para o baptistério de Florença Foto: DR

“Colocada em local seguro em 1943, durante a II Guerra Mundial, e mais tarde danificada pela grande inundação de 1966, foi substituída por uma cópia em 1990”, explica o comunicado do Museu da Obra da Catedral de Florença, onde será exposto este mastodonte de oito toneladas de bronze e ouro.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Colocada em local seguro em 1943, durante a II Guerra Mundial, e mais tarde danificada pela grande inundação de 1966, foi substituída por uma cópia em 1990”, explica o comunicado do Museu da Obra da Catedral de Florença, onde será exposto este mastodonte de oito toneladas de bronze e ouro.

A obra, com 5,20 metros de altura por 3,10 de largura e 11 centímetros de espessura, foi realidade entre 1426 e 1452 pelo artista Lorenzo Ghiberti (1378-1455), assistido por colaboradores do calibre de Donatello, Luca della Robbia ou Benozzo Gozzoli.

Quando foi mostrada em público pela primeira vez, Miguel Ângelo ficou de tal forma impressionado com a sua beleza que lhe chamou Porta do Paraíso, conta o pintor-arquitecto Giorgio Vasari nas suas famosas Vidas de pintores.

A porta divide-se em dez quadros no interior dos quais estão representadas várias cenas do Antigo Testamento. Estes dez quadros são rodeados por um friso composto por 48 elementos representando cabeças e figuras inteiras de profetas e sibilas [personagens femininas da mitologia greco-romana], entre os quais surge um auto-retrato do artista.

Originalmente a porta encontrava-se no lado oriental do baptistério, frente à catedral. Agora será exposta no pátio coberto do Museu da Obra da Catedral, situado logo atrás desta. Será protegida no interior de uma vitrine transparente com um nível de humidade baixo e constante para evitar a formação de sais que poderiam perfurar a fina película dourada que cobre as diversas cenas.