Agressões marcam jogo do título de basquetebol ganho pelo Benfica

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Os jogadores do Benfica foram obrigados a recolher ao balneário Foto: Fernando Veludo

A partida pôs fim a um play-off renhido (3-2), ganho pelas "águias" no último dos cinco encontros. De acordo com a Lusa, o conflito que manchou o jogo terá começado com uma troca de palavras entre o treinador do Benfica, Carlos Lisboa, e jogadores do FC Porto, que provocou uma reacção do portista Nuno Marçal.

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A partida pôs fim a um play-off renhido (3-2), ganho pelas "águias" no último dos cinco encontros. De acordo com a Lusa, o conflito que manchou o jogo terá começado com uma troca de palavras entre o treinador do Benfica, Carlos Lisboa, e jogadores do FC Porto, que provocou uma reacção do portista Nuno Marçal.

Uma das versões, contada pelo Jornal de Notícias, é a de que o treinador "encarnado" não se conteve nos festejos do título logo após o jogo e terá dirigido insultos para as bancadas. O jogador Nuno Marçal foi pedir explicações a Carlos Lisboa e desencadeou-se uma série de distúrbios, com arremesso de objectos, que levaram a polícia a intervir. O jornal O Jogo conta que os primeiros momentos da festa do título até foram pacíficos com os jogadores das duas equipas a cumprimentarem-se no final.

O pavilhão estava repleto de adeptos, registando um recorde de assistência (2237 espectadores), acrescenta por seu lado o jornal A Bola. Com as bancadas a ferver, a PSP tentou evacuar os lugares da assistência, mas o ambiente tenso descambou em confrontos. "Em termos desportivos este tipo de acidentes são deploráveis", declarou o presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, Mário Saldanha, em declarações ao mesmo diário desportivo.

O jornal Record relata, por sua vez, que mal acabou o encontro, a equipa benfiquista concentrou-se para a esperada celebração debaixo de uma monumental vaia. O clima hostil registou uma escalada quando o técnico Carlos Lisboa respondeu às sucessivas provocações vindas das bancadas, acrescenta o mesmo jornal.

Quem não gostou da carga policial sobre os adeptos foi o presidente do FC Porto. Jorge Nuno Pinto da Costa e outros membros da direcção da SAD portista desceram do camarote presidencial e protestaram, de forma bastante acesa, com um representante policial. Mais trade, em comunicado, o clube acusou a polícia de ter batido "nos cidadãos indiscriminadamente", numa postura "incompreensível e inaceitável". "A polícia agrediu indiscriminadamente espectadores, entre os quais mulheres e crianças", afirma o mesmo comunicado do FC Porto, que exige um inquérito para se apurar responsabilidades pela "agressão à bastonada de cidadãos anónimos".