Urban Sketchers: um jardim Botânico desenhado sobre o joelho

Os Urban Sketchers juntam-se este sábado, dia 19 de Maio, no Jardim Botânico de Coimbra, para celebrar em desenho o Dia Internacional do Fascínio das Plantas

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Apesar de nos ter atendido o telefone da Quinta das Lágrimas, João Jesus, um dos fundadores e coordenadores do Urban Sketchers Portugal-Beiras, falou com entusiasmo ao P3 sobre o projecto que reúne este sábado, mas no Jardim Botânico de Coimbra, um conjunto de desenhadores portugueses.

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Apesar de nos ter atendido o telefone da Quinta das Lágrimas, João Jesus, um dos fundadores e coordenadores do Urban Sketchers Portugal-Beiras, falou com entusiasmo ao P3 sobre o projecto que reúne este sábado, mas no Jardim Botânico de Coimbra, um conjunto de desenhadores portugueses.

A escolha do espaço deve-se ao facto de, nesse dia, se celebrar o Dia Internacional do Fascínio das Plantas, um mote muito inspirador para porem o lápis a falar com o papel. Em jeito de ode às plantas, terão lugar, durante o dia, uma série de actividades como o Mercado de Produtos Biológicos, as estufas, os ateliers e as oficinas.

É no pequeno mercado do local o ponto de encontro de quem quiser participar, sem preconceito de idade ou mestria. Pelo contrário, o João conta que “é delicioso quando vêm pintores profissionais e se juntam a não profissionais; tenho aprendido imenso nestes encontros”.

A Urban Sketchers foi criada nos Estados Unidos da América pelo jornalista Gabi Campanário que sentia haver um regresso ao manual como escape ao domínio que o virtual tem cada vez mais na nossa vida. É importante para o desenhador salientar a componente social destes eventos que “trazem vida às actividades que porventura seriam menos exploradas na ausência deles”.

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Praça Velha // Feira das Velharias Vítor Mingacho

Os criativos transformam-se em importantes “veículos de expressão”, que aliam o criativo ao útil. Ocasiões houve, em que se juntaram cerca de 300 a 400 desenhadores, criando aquilo a que o fundador designou por “uma espécie de 'flashmob'”.

Nem as condições meteorológicas travam o grupo que, quando se vê confrontado com um dia de chuva, por exemplo, depressa “reinventa e explora outro tipo de possibilidades, como ir para dentro de edifícios”. A situação mais insólita foi a de propor a lojistas para irem para as respectivas montras, que assim ganharam vida e viraram caras.

A baixa de Coimbra já serviu de “ninfa inspiradora” para este grupo e os trabalhos foram convidados a ser expostos, depois de passarem por uma selecção. Neste evento, não há nenhuma perspectiva prevista nesse sentido, mas os trabalhos estão sempre salvaguardados numa exposição virtual no Facebook ou no site oficial.