Portugal tem “agarrado o touro pelos cornos”, diz o presidente do Conselho Europeu

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Rompuy diz que a consolidação das contas públicas "não é um objectivo por si mesmo" Foto: Laurent Dubrule/Reuters

“Espanha e Portugal tornaram os seus mercados laborais mais flexíveis”, afirmou num congresso em Bruxelas, onde estavam presentes sobretudo empresários.

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“Espanha e Portugal tornaram os seus mercados laborais mais flexíveis”, afirmou num congresso em Bruxelas, onde estavam presentes sobretudo empresários.

Para o presidente do Conselho, os Estados-membros da União têm de “adaptar” os seus “modelos socioeconómicos para um mundo em rápida mutação”, reiterou Rompuy, acrescentando que a Europa tem de permanecer atractiva para viver e trabalhar.

“A consolidação orçamental não é um objectivo por si mesmo, é um pré-requisito para um crescimento sustentável. As reformas estruturais são a principal alavanca à nossa disposição. Os seus efeitos não são imediatos nem podem ser, mas elas vão fazer a diferença ao longo do tempo e criar empregos na devida altura. Devemos dizer a verdade. Não há fórmulas mágicas. As reformas levam tempo, tal como o seu impacto sobre o crescimento e o emprego”, advertiu.

Na última revisão do programa de ajustamento, o FMI, uma das instituições que acompanha a implementação das medidas, considerou que Portugal deve “redobrar os esforços para evitar deslizes orçamentais” e implementar as reformas estruturais de acordo com o calendário do Memorando de Entendimento negociado com a troika.

Na avaliação do início de Abril, a instituição alertava, no entanto, para alguns riscos na implementação do programa, sublinhando que a combinação de austeridade, reformas estruturais e desendividamento pode comprometer a redução dos desequilíbrios macroeconómicos no curto prazo.