Dia sem Sapatos estreia-se em Portugal com desfile de lisboetas descalços na Baixa

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Iniciativa lembra os que crescem e vivem sem terem um par de sapatos Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP

Esta iniciativa, que em 2011 decorreu em mais de 20 países, estreia-se em Portugal pelas mãos da GASNova, uma associação sem fins lucrativos ligada à Universidade Nova de Lisboa. "A ideia é aproximar a população de um dos maiores desafios do mundo e despertar a atenção de muitas pessoas através dos pés descalços. Queremos transmitir esta assimetria que muitas vezes cai no esquecimento: estima-se que, se o mundo fosse uma aldeia de 100 pessoas, 40 não teriam sapatos", explica Pedro Afonso, presidente do grupo.

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Esta iniciativa, que em 2011 decorreu em mais de 20 países, estreia-se em Portugal pelas mãos da GASNova, uma associação sem fins lucrativos ligada à Universidade Nova de Lisboa. "A ideia é aproximar a população de um dos maiores desafios do mundo e despertar a atenção de muitas pessoas através dos pés descalços. Queremos transmitir esta assimetria que muitas vezes cai no esquecimento: estima-se que, se o mundo fosse uma aldeia de 100 pessoas, 40 não teriam sapatos", explica Pedro Afonso, presidente do grupo.

Entre as 11h e as 18h a GASNova vai estar na Praça do Comércio, onde será colocada uma passadeira com diferentes tipos de solo, para que as pessoas possam experimentar qual a sensação de caminhar descalço em cada um deles. No local haverá também uma recolha de sapatos, que serão enviados para Moçambique e Cabo Verde, países nos quais o grupo desenvolve projectos de voluntariado, ou para associações que trabalham com cidadãos carenciados em Portugal. Pedro Afonso adianta que será criada uma base de dados na Internet para que cada pessoa que faça uma doação de calçado possa saber qual foi o seu destino.

A primeira edição da iniciativa Um Dia sem Sapatos em Portugal termina com uma marcha sem sapatos ao longo da Rua Augusta, às 18h. "Queremos alertar as pessoas para o problema dos pés descalços do mundo. A maior parte dos portugueses não faz ideia do quão problemática é esta questão", diz o presidente da GASNova, que acredita que esta chamada de atenção pode ser o primeiro passo para que pelo menos algumas pessoas façam algo "para causar uma mudança".