Xangai acolhe primeira exposição de Alexandre Farto (VHILS) na Ásia

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Foto: Miguel Manso

“Sabíamos que as paredes tinham ouvidos, mas Alexandre Farto deu-lhes também uma alma, criada a golpes de escopro e martelo”, comentou à Agência Lusa um visitante.

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“Sabíamos que as paredes tinham ouvidos, mas Alexandre Farto deu-lhes também uma alma, criada a golpes de escopro e martelo”, comentou à Agência Lusa um visitante.

Alexandre Farto (ou VHILS, como também se identifica) nasceu em Lisboa, em 1987, e estudou em Londres. Os enormes rostos que desenha nos muros de edifícios abandonados são as imagens mais conhecidas de VHILS, mas o artista utiliza também cartazes antigos, painéis publicitários e outros materiais, que converte numa espécie de baixos-relevos.

A exposição de Alexandre Farto – a primeira do artista no continente asiático – assinalou também a inauguração da nova galeria Magda Danysz em Xangai.

Além de galeristas, coleccionadores, professores, críticos e diplomatas, a inauguração reuniu dezenas de portugueses residentes em Xangai e estudantes chineses de português.

Não faltaram também os pastéis de nata, confeccionados por uma pastelaria macaense estabelecida em Xangai, acompanhados por sumos e cerveja portugueses. A iniciativa contou ainda com o apoio do Instituto Camões e do consulado-geral de Portugal em Xangai.

Apresentado pela galeria Magda Danysz como “a nova estrela em ascensão da arte contemporânea”, Alexandre Farto já expôs em vários países, entre os quais o Brasil, Estados Unidos, Itália e Colômbia.

O consul-geral português em Xangai, Joaquim Moreira de Lemos, não tem dúvidas: a exposição de VHILS “reforça a notoriedade do nosso país, através de mais uma demonstração do que sabemos criar com qualidade”.

“Alexandre Farto exportou para a China talento, um bem que não figurará nas estatísticas oficiais mas que não deixa de ter a maior relevância e significado para nós”, disse o diplomata à Agência Lusa. A exposição estará patente em Xangai até meados de Maio.