Index, experimentação em Abrantes

De 30 de Março a 1 de Abril, estreia-se em Abrantes o Index-Festival de Cinema e Experimentação. O P3 foi conhecer esta iniciativa organizada por jovens estudantes

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Um grupo de alunos da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes reuniu-se depois de uma aula em torno de uma ideia. O resultado está à porta: de 30 de Março a 1 de Abril realiza-se o Index - Festival de Cinema e Experimentação, no Cineteatro São Pedro, em Abrantes.

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Um grupo de alunos da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes reuniu-se depois de uma aula em torno de uma ideia. O resultado está à porta: de 30 de Março a 1 de Abril realiza-se o Index - Festival de Cinema e Experimentação, no Cineteatro São Pedro, em Abrantes.

Esta primeira edição é totalmente dedicada à arte experimental portuguesa. Andreia Carvalho, representante da associação cultural Vastaplateia responsável pela organização do evento, explicou ao P3 que este não é apenas um festival de cinema. “É um festival onde a arte se conjuga entre si tendo como base o experimentalismo”.

Para além das sessões de curtas-metragens, o programa inclui concertos, workshops de som e fotografia, exposições e festas um pouco por toda a cidade. Na abertura do festival haverá concertos ao ar livre com as actuações de Tiago Pereira e SAUR. Num dos intervalos das competições, está prevista uma instalação em palco e um espectáculo de André Natanael. Durante o Index serão ainda apresentadas retrospectivas de artistas nacionais como Tiago Pereira, Edgar Pêra e Emídio Buchinho.

Festival custo zero

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Exit Throught The Wall, de Rui Esperança DR

Este é um festival a custo zero: as entradas são grátis e o alojamento também. O antigo edifício do antigo quartel dos bombeiros está a dispor de todos os interessados em participar que não têm onde ficar.

Os jovens lamentam a falta de apoios monetários, tanto das organizações públicas, como das privadas. “É triste que o país esteja a mergulhar neste caos cultural e que use a nova Capital Europeia da Cultura como ‘guarda-chuva’”, disse ao P3 Andreia Soares.

Mas as expectativas para esta edição são grandes. Os jovens organizadores esperam uma “vasta plateia”. “Queremos que o público, especialmente o abrantino, se renda um pouco mais a este evento”, explica a responsável pela associação que organiza o evento. Os estudantes acreditam que o festival vai trazer dinamismo à cidade. “Abrantes precisa de ‘sangue novo’ na cultura. E o resto do país também”, diz Andreia.

“Mais do que um festival de cinema, é uma tentativa de apelar ao apoio na cultura e à criação de uma defesa pela educação universitária dentro do campo da arte”, acrescenta. A próxima edição do festival já está nos planos destes jovens. “Quando nos propusemos a fazer a primeira edição, pensámos de imediato na segunda e na terceira”. Para o ano querem apostar na projecção internacional do festival apesar de terem consciência de que “não é nada fácil” mediante “o estado em que o país se encontra a nível cultural”.