Testes intermédios mostram persistência das desigualdades

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No documento, os autores referem que “não seriam de esperar alterações significativas”

Nas conclusões do documento – em que se toma como unidade territorial de análise as sub-regiões (NUT III) – os autores apontam que no que respeita ao 3º ciclo e ao ensino secundário continuam a destacar-se pela positiva o Baixo Mondego e, de forma menos sistemática, a restante região Centro, as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, o Norte e em particular o Norte Litoral. No outro extremo e também na generalidade, apontam os relatores, destacam-se novamente as mesmas áreas do país: as Regiões Autónomas, o Sul (Algarve e Alentejo) e, pontualmente, o Norte Interior (Alto Trás‐os‐Montes, Douro e Tâmega).

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Nas conclusões do documento – em que se toma como unidade territorial de análise as sub-regiões (NUT III) – os autores apontam que no que respeita ao 3º ciclo e ao ensino secundário continuam a destacar-se pela positiva o Baixo Mondego e, de forma menos sistemática, a restante região Centro, as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, o Norte e em particular o Norte Litoral. No outro extremo e também na generalidade, apontam os relatores, destacam-se novamente as mesmas áreas do país: as Regiões Autónomas, o Sul (Algarve e Alentejo) e, pontualmente, o Norte Interior (Alto Trás‐os‐Montes, Douro e Tâmega).

Os resultados dos testes aplicados aos alunos no 2.º ano do 1.º Ciclo são indicados como “um prenúncio” do que se verificou no 3º ciclo e secundário. No que respeita à compreensão oral, a Português, não há grande variabilidade entre sub-regiões. Já nas restantes áreas de aprendizagem – Matemática e escrita e conhecimento explícito da Língua Portuguesa – “é evidente um padrão de distribuição espacial marcado por uma clivagem entre as regiões Norte e Centro e o resto do país”, notam.

No documento agora divulgado, os autores referem que “não seriam de esperar alterações significativas” no que respeita aos resultados e à sua distribuição geográfica, “atendendo à normal morosidade as transformações em matéria de resultados na área da educação”. “Todavia, se nos posicionarmos num registo mais exigente (…), seria de esperar que, pelo menos ao nível de fragilidades de aprendizagem transversais ao currículo, se pudessem registar, já, sinais nítidos de melhoria”, acrescentam, realçando “a regularidade e o detalhe da informação que foi sendo facultada às escolas e a “estratégia de continuado incentivo às escolas” no sentido de que fizessem uma análise crítica dessa informação.

No ano lectivo 2010/2011 concluiu‐se o sexto ano do projecto dos testes intermédios, provas estandardizadas, concebidas pelo GAVE, aplicadas a nível de escolas a diversas disciplinas. Com a análise dos seus resultados aquele organismo do MEC pretende fornecer às escolas um instrumento que lhes permite manter ou corrigir as práticas de ensino e de aprendizagem.