Banega candidato ao título no campeonato das lesões estúpidas

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Éver Banega Foto: DR

Especialistas em olhar para o lado bom das coisas, os britânicos Monty Python não teriam dúvidas em atribuir ao infeliz futebolista um título muito cobiçado: o de homem mais estúpido do mundo. Pelo menos foi isso que aconteceu num dos seus famosos sketches – uma competição destinada a encontrar o mais obtuso dos seres humanos terminava com a vitória de um homem que tinha conseguido ser atropelado pelo próprio carro... Cruel, sem dúvida, até porque a Banega sucedeu o mesmo que a tantos outros: esqueceu-se de accionar o travão de estacionamento. A partir daí, falou a má sorte e o carro acabou mesmo por atingi-lo, causando-lhe fractura da tíbia e do perónio.

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Especialistas em olhar para o lado bom das coisas, os britânicos Monty Python não teriam dúvidas em atribuir ao infeliz futebolista um título muito cobiçado: o de homem mais estúpido do mundo. Pelo menos foi isso que aconteceu num dos seus famosos sketches – uma competição destinada a encontrar o mais obtuso dos seres humanos terminava com a vitória de um homem que tinha conseguido ser atropelado pelo próprio carro... Cruel, sem dúvida, até porque a Banega sucedeu o mesmo que a tantos outros: esqueceu-se de accionar o travão de estacionamento. A partir daí, falou a má sorte e o carro acabou mesmo por atingi-lo, causando-lhe fractura da tíbia e do perónio.

Mas há feridas anímicas que podem também doer muito. Em 2002, a selecção brasileira de futebol sagrou-se campeã mundial pela quinta (e, até ver, última) vez e o capitão de equipa, o defesa Cafu, ergueu a taça. Mas não devia ter sido ele. Esse papel estaria reservado a Emerson. Acontece que o médio, num dos últimos treinos antes da competição, decidiu brincar um bocadinho a guarda-redes e deslocou um ombro, ficando de fora do Mundial...

Algo de muito parecido aconteceu a Cañizares, o guarda-redes da Espanha, exactamente nesse Campeonato do Mundo disputado no Japão e Coreia do Sul. No estágio da selecção, a duas semanas do início da prova, o titular indiscutível da baliza deixou cair um frasco de água de colónia ao sair do duche e, instintivamente, tentou ampará-lo com o pé. Azar: o frasco partiu-se mesmo e um dos estilhaços lesionou Cañizares num tendão, abrindo a porta ao seu suplente, um jovem chamado Iker Casillas.

Lar, duro lar

Alguns destes episódios tragicómicos acontecem longe dos olhares dos colegas e público. Em casa, por exemplo. O central italiano Alessandro Nesta ficou um mês de baixa após romper o tendão do pulso a jogar... PlayStation. O defesa central inglês Rio Ferdinand perdeu um jogo com um estiramento num tendão do joelho – esticou-se no sofá para atender o telefone e zás! O “El Mundo” recorda também a lesão no joelho que custou ao defesa francês Julien Escudé um mês de baixa e uma possível transferência do Sevilha para o Manchester United. Ao passear o cão, este deu um esticão e...

Já o “El País” relata outros três acidentes incríveis. O primeiro, protagonizado pelo guarda-redes do Barcelona Carles Busquets, pai do médio da actual formação azul-grená, que ficou de fora um jogo por ter queimado as mãos ao “defender” um ferro de engomar que caiu da tábua na direcção de um dos filhos. Outro aconteceu a Enrique Romero, lateral-esquerdo do Deportivo da Corunha e da selecção, que decidiu investigar demasiado perto uma víbora presente na pista do aeroporto e foi mordido. Nada de grave, só um jogo perdido. Pior aconteceu a Leonid Slutski, russo, 19 anos, promissor guarda-redes. Tentando salvar o gato do vizinho, que se refugiara numa árvore, acabou por cair e desfazer um joelho - o futebol perdeu um jogador, ganhou um técnico. Hoje, Slutski é treinador do CSKA Moscovo.

E depois há os golos. Martin Palermo, argentino, fracturou a tíbia e o perónio quando foi festejar com os adeptos e uma grade cedeu; o espanhol Sérgio Garcia atirou-se para deslizar de joelhos em celebração e acabou quatro semanas no “estaleiro”; no campeonato dos EUA, Fabian Espíndola, do Real Salt Lake, partiu uma perna ao tentar fazer uns malabarismos no ar. Pior: o golo foi anulado.

Já agora, uma desgraça portuguesa e relativamente recente: Nani falhou a ida ao Mundial 2010 por ter “aterrado” mal após um pontapé acrobático. Deve ter doído.