Directora do FMI alerta para os riscos da austeridade

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Lagarde ergueu a carteira e disse que estava em Davos para angariar "algum dinheiro" VIncenzo Pinto/AFP

“Alguns países têm de seguir a toda a velocidade para a consolidação fiscal, mas outros países têm espaço e margem. Deviam explorar o que fazer para se ajudarem a si próprios”, afirmou Lagarde, citada pela BBC.

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“Alguns países têm de seguir a toda a velocidade para a consolidação fiscal, mas outros países têm espaço e margem. Deviam explorar o que fazer para se ajudarem a si próprios”, afirmou Lagarde, citada pela BBC.

As declarações estão em linha com a de economistas como o secretário de Estado do Tesouro dos EUA, Tim Geithner, que já afirmara nesta sexta-feira que a austeridade podia levar a um ciclo recessivo e “alimentar o declínio”.

Lagarde defendeu ainda a importância de a União Europeia aumentar a capacidade do fundo de resgate, de uma forma que evite o contágio e actue como um garante de confiança.

A responsável apelou ainda ao aumento do FMI, argumentando que se este tiver dinheiro suficiente para introduzir confiança nos mercados internacionais, esse dinheiro acabará por nem sequer ser usado.

“É por essa razão que eu estou aqui”, afirmou Lagarde, erguendo a sua carteira. “Com o meu pequeno saco para angariar algum dinheiro”.