Receios de novo resgate a Portugal fazem juros da dívida bater novo recorde

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Pedro Passos Coelho defendeu que não se deve "confundir a árvore com a floresta" Georges Gobet/AFP

De acordo com as informações da Reuters, as taxas de juro a dez anos bateram hoje um novo recorde desde a entrada no euro – 14,8%. O mesmo aconteceu com os custos que os investidores pedem para comprar títulos a cinco ano, que está já em 19,1%. As taxas de juro da dívida a dois anos também estão a subir, rondando os 15,3%.

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De acordo com as informações da Reuters, as taxas de juro a dez anos bateram hoje um novo recorde desde a entrada no euro – 14,8%. O mesmo aconteceu com os custos que os investidores pedem para comprar títulos a cinco ano, que está já em 19,1%. As taxas de juro da dívida a dois anos também estão a subir, rondando os 15,3%.

Ontem, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho garantiu que Portugal não precisará de mais tempo ou de mais dinheiro da troika, um cenário que tinha sido sugerido pelo Wall Street Journal, que escreveu que os investidores e os políticos temem que Portugal possa precisar de um novo resgate da União Europeia e do FMI.

Um relatório sobre Portugal do Instituto Internacional de Finanças (IIF), que está a representar os credores privados da Grécia no acordo para a reestruturação da dívida helénica, também considera “improvável” o regresso da economia nacional aos mercados em 2013, tal como está previsto.

No relatório, a que o PÚBLICO teve acesso, o IIF admite que, "com as taxas de juro ainda acima de 12%", o regresso aos mercados "parece muito improvável, mesmo que as metas do défice sejam cumpridas" e que poderá ser preciso "financiamento adicional depois de 2012". E avisa: "Os mercados financeiros vão continuar cépticos de que os Governos da zona euro forneçam a Portugal a ajuda financeira necessária para evitar uma reestruturação da dívida, caso o regresso aos mercados não seja possível". De acordo com o instituto, isso vai depender da forma como se resolver a renegociação da dívida grega.