Médicos portugueses procuram emprego em França

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Foram muitos os que se candidataram a vagas em França Daniel Rocha

O recrutamento começou ontem, no Porto, e Sophie Leroy, da associação, mostrou-se surpreendida com a quantidade de jovens recém-licenciados nas profissões paramédicas que apareceu para o recrutamento. “A realidade é que há jovens desempregados que precisam de trabalhar”, diz, e que se mostram receptivos à ideia de emigrar.

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O recrutamento começou ontem, no Porto, e Sophie Leroy, da associação, mostrou-se surpreendida com a quantidade de jovens recém-licenciados nas profissões paramédicas que apareceu para o recrutamento. “A realidade é que há jovens desempregados que precisam de trabalhar”, diz, e que se mostram receptivos à ideia de emigrar.

Em França, a má distribuição geográfica dos profissionais de saúde e a carência de algumas especialidades aumentam a procura de profissionais noutros países. Os especialistas de nefrologia, anestesiologia, radiologia, cardiologia, neurologia, gastrenterologia, psiquiatria e pediatria são os mais requisitados pelos serviços franceses.

Os candidatos têm de ter um domínio da língua francesa (atestado pela Alliance Française com o nível B2 do quadro europeu de referência), disponibilidade para permanecer em França por um período longo de tempo, e uma formação profissional adequada. O domínio da língua “é importante para validar a competência profissional” do candidato, refere a responsável da associação.

O recrutamento é feito para os sectores público e privado, sendo que no público a grelha salarial francesa está dividida em 13 escalões. Os médicos portugueses são colocados directamente no 4º escalão, recebendo um rendimento mensal de 3900 euros “líquidos”.

Antes de se instalarem, a associação oferece uma visita ao país, comportando todos os custos com a viagem e alojamento, e dá apoio para se inscreverem na ordem dos médicos lá. A visita só acontece depois de se reunirem todas as condições para a ida.